31 janeiro 2010

Estratégias para Lutar Contra a Lascívia

por John Piper


Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. A necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais para nos fixarmos em imagens sexuais é urgente. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos. Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e freqüentemente nos levam a conduta sexual errada.

Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.

Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” ( 2 Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).

Não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos.1 E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, se não ele matará você”.2 Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001). Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.

Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).

Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.

Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58). Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.

 
Extraído do livro:
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.





Fonte: Voltemos ao Evangelho

28 janeiro 2010

Aprendendo com o apóstolo Paulo

O apóstolo Paulo foi sem dúvida alguma o maior evangelista, o maior teólogo, o maior missionário e o maior plantador de igrejas de toda a história do cristianismo. Nenhum homem exerceu tanta influência sobre a nossa civilização, como Paulo. Nenhum escritor foi tão conhecido e teve suas obras tão divulgadas e comentadas no mundo quanto ele. Embora tenha vivido sob fortes pressões internas e externas, nunca deixou jamais sua alma ficar amargurada.


Em Filipenses 1.12, Paulo diz: “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior avanço do evangelho”
. Agora, surge a pergunta: “Que coisas são essas que contribuíram para o avanço do evangelho”?

Percorrendo o livro de Atos e outras passagens do N.T iremos “descobrir” que “coisas” eram essas que contribuíram para o avanço do evangelho. Veremos algumas a seguir:

A) Ele foi perseguido em Damasco (At 9.23-25).

Após converter-se na capital da Síria, Paulo anunciou Jesus nessa cidade (At 9.20,21). Dali foi para região da Arábia, onde ficou cerca de três anos, fazendo uma reciclagem em sua teologia (Gl 1.15-17). Voltou a Damasco (Gl 1.17) e,a gora, não apenas prega, mas demonstra cuidadosamente que Jesus é o Cristo (At 9.22). Então, em vez de ser acolhido, é perseguido. Precisa fugir da cidade para salvar a sua vida (At 9.23-25).

B) Ele foi rejeitado em Jerusalém (At 9.26-28).

Quando chegou em Jerusalém, na igreja mãe, os apóstolos não confiaram nele. Paulo, então, sentiu a dor de ser rejeitado. A aceitação é uma necessidade básica da vida humana. Não somos uma ilha. Foi então que apareceu Baranabé, o filho da consolação, para abraçá-lo, valorizá-lo e integrá-lo na vida da Igreja (At 9.27).

C) Ele foi dispensado do campo missionário pelo próprio Deus (At 22.17-21).

No apogeu de seu entusiasmo, no auge de seu trabalho, Deus mesmo aparece a ele em sonhos e o dispensa da obra. Deus o manda arrumar as malas e sair de Jerusalém. Paulo não entende e discute com Deus. Para ele, Deus estava cometendo um erro estratégico, tirando-o de cena. Deus, porém, não muda; é Paulo quem precisa mudar e mudar-se. Diz o texto sagrado em Atos 9.31, que, quando Paulo arrumou as malas e foi embora, a igreja passou a ter paz e crescer. Que golpe no orgulho do apóstolo!

D) Ele foi colocado na sombra de outro líder (At 13.2)

Convocado por Barnabé para estar em Antioquia da Síria, reinicia seu ministério. Depois de um ano intenso de trabalho nessa igreja, o Espírito Santo disse: “Separai-me a Barnabé e a Saulo para obra que os tenho chamado (At 13.2)”. Perceba que os escolhidos não são Saulo (1º) e Barnabé (2º), mas Barnabé (1º) e Saulo (2º). Você já foi segundo alguma vez? Já ficou na sombra de outra pessoa? Antes de você ser o primeiro, você terá que aprender ser um ótimo segundo. Paulo precisou aprender a ser submisso, antes de ser um grande líder. Hoje em algumas igrejas, a pessoa se converte, um mês depois é diácono, 3 meses depois é presbítero, mais 3 meses é pastor, e não muito depois é apóstolo! Oh Deus, dá-nos discernimento!

E) Ele foi apedrejado e arrastado como morto da cidade de Listra (At 14.19).

Paulo estava fazendo a obra de Deus, no tempo de Deus, dentro dos propósitos de Deus, e mesmo assim foi apedrejado. Contudo ele não ficou amargurado nem se decepcionou com o ministério. Ao contrário, prosseguiu fazendo a obra com alegria.

F) Ele foi preso e açoitado com varas em Filipos (At 16.19-26).

Mesmo estando no centro da vontade de Deus, Paulo foi preso, açoitado com varas e jogado no cárcere. Em vez de ficar revoltado e colocar a Deus na parede, ele orou e cantou à meia noite, e Deus abriu as portas da prisão e o coração do carcereiro.

G) Ele enfrenta um naufrágio na viagem para Roma (At 27.9; 28.1-10).

Já que o próprio Deus o queria em Roma,era de se esperar que a viagem fosse tranqüila. No entanto, quando Paulo embarcou para Roma, enfrentou uma terrível tempestade. Durante quatorze dias, o navio foi açoitado com rigor, e todos os prisioneiros perderam a esperança de salvamento, exceto Paulo (At 27.20-26). Chegando em Malta, uma víbora ataca sua mão. Note que haviam outras 275 pessoas no navio, mas a víbora ataca justamente a Paulo. Os malteses, fizeram um juízo precipitado dele, chamando-o de assassino. Parecia que tudo dava errado para Paulo. No entanto, em vez de cair morto pelo veneno da víbora, ele curou os enfermos da ilha.

Um homem que tinha tudo para se abater, desistir, abandonar, nos deixou este legado indelével de uma vida piedosa, de sofrimento, de renúncia, e acima de tudo, amor pelo verdadeiro evangelho, e pelo Cristo que o capturou na estrada de Damasco, antes que ele capturasse algum cristão. Poderia falar muito mais, pois basta lermos 2 Co 6.4-10 e 2 Co 11.23-33, e vermos o que este homem passou pela causa do evangelho.

Que venhamos a seguir suas pisadas, imitarmos seu exemplo, e seremos cidadãos de um reino eterno, onde o Deus de Paulo nos coroará para todo o sempre. Amém.


“Sede meus imitadores, como também sou de Cristo” 1 Co 11.1


Nele, que chama homens para sua seara

Pr Marcelo

Bibliografia: Warren, Wiersbe. Comentário Expositivo. Geográfica Editora
Lopes, Hernandes Dias. Filipenses. Ed. Hagnos 2007

Comunicação com os mortos nos filmes de Hollywood

Por Ciro Sanches Zibordi
Ontem, à noite, parei por um instante para ver um suspense na TNT (canal por assinatura), não apenas a título de entretenimento, mas principalmente porque suspeitava de que o filme enfatizaria alguns conceitos sobre paranormalidade.

Minha suspeita se confirmou. Um belo filme, com uma deslumbrante fotografia, protagonizado pela linda atriz Demi Moore, mas que procura incutir na mente das pessoas uma das duas doutrinas principais do espiritismo: a comunicação com os mortos. A outra é a reencarnação, que abordarei em outro artigo, se Deus quiser.

Nome do filme? Protegida por um Anjo, de 2005. Moore interpreta uma bem-sucedida escritora de livros de suspense cuja vida desmorona depois da morte de seu filho por afogamento. O acidente, em sua própria casa, ocorreu por um descuido dela e pela falta de preocupação do marido com o menino — filho apenas dela. Meses depois, ela resolve viajar para um lugar paradisíaco, na Escócia, à beira mar, para conseguir terminar seu novo livro, onde acaba tendo contato com espíritos e vê constantemente o seu próprio filho.

Não é a primeira vez que Demi Moore protagoniza um filme sobre paranormalidade. Ao lado do recém-falecido astro Patrick Swayze e bem mais jovem, ela participou de Ghost, em 1990. Swayze interpreta um jovem que perde, repentinamente, a vida, mas sua alma permanece na terra até que ele resolva o mistério que envolveu o seu assassinato. O filme é bem feito e prende a atenção. Mas promove a comunicação com os mortos, pois o espírito do rapaz consegue entrar em contato com a namorada, em uma sessão espírita.

Ghost não é o único sucesso de Hollywood que explora a paranormalidade. Quem não se lembra do assustador Poltergeist? Para quem não sabe, polter, em alemão, significa “ruído”, “barulho”, “estrondo”. E geist, “fantasma” ou “espírito”. Poltergeist diz respeito a espíritos que invadem casas, se movem e manipulam objetos, fazendo, assim, barulho. O filme, produzido pelo brilhante Steven Spielberg, em 1980, retrata uma família que é aterrorizada por espíritos de pessoas enterradas embaixo da casa.

Poltergeist é diferente Ghost. Não comunica com tanta clareza a doutrina espírita do contato com os mortos como o segundo. Mas, sem dúvidas, abriu o caminho para essa modalidade de filme, que transformou o diretor M. Night Shyamalan numa grande celebridade hollywoodiana, com a produção de O Sexto Sentido — este comunica de modo ainda mais enfático que Ghost o contato com os mortos.

Em O Sexto Sentido, de 1999, o ator mirim Haley Joel Osment interpreta um problemático e isolado garoto que afirma ver os mortos. A sua frase: “Eu vejo pessoas mortas” tornou-se umas das inesquecíveis do cinema, ao lado de “Meu nome é Bond, James Bond” (007), “Um grande poder traz grande responsabilidade” (Homem Aranha) — esta até “pregadores” usam para animar auditórios! —, “Hasta la vista, baby” (O Exterminador do Futuro 2), “E fique com o troco, seu animal” (Esqueceram de Mim), etc.

No aludido filme, o garoto, pouco a pouco, vai interagindo com os espíritos. No fim, ele tenta ajudar alguns — um deles é interpretado pelo astro Bruce Willis — a lidar com problemas mal resolvidos, a fim de tranquilizá-los. Esse filme que promove o espiritismo rendeu a seus produtores quase setecentos milhões de dólares (um dos mais lucrativos de todos os tempos).

Depois de O Sexto Sentido, outras produções que incutem na mente das pessoas a ideia da necromancia (gr. nekromanteía,as, “evocação dos mortos”, isto é, contato com os espíritos de pessoas falecidas) fizeram sucesso, como Os Outros (2001), com Nicole Kidman, O Chamado (2002), que fez muito sucesso, mesmo com atores pouco conhecidos, Vozes do Além (2005), com Michael Keaton, etc.

Está em cartaz no cinema, e fazendo muito sucesso, o assustador Atividade Paranormal, produzido em 2007. O diretor e os atores são desconhecidos, o filme foi produzido com orçamento modesto, mas a consagrada temática se repete. Muitos hoje estão se interessando pela paranormalidade e acreditando que podem mesmo se comunicar com espíritos de pessoas falecidas. Steven Spielberg assistiu ao filme, que retrata o pavor de um casal que ouve barulhos em uma casa, e se apaixonou pelo enredo. Isso contribuiu, e muito, para o seu sucesso.

As pessoas estão cada vez mais fascinadas pela paranormalidade e acreditando na possibilidade de conversar com os mortos. O que a Palavra de Deus diz a respeito disso?

Primeiro, a Bíblia condena a necromancia (Dt 18.10-12; Lv 19.26,31; 20.6,27; Êx 22.18; 2 Rs 21.6), uma suposta comunicação com os mortos, a qual é, na verdade, comunicação com os demônios (1 Sm 28.3; 1 Cr 10.13; At 19.19).

Segundo, à luz das Escrituras, pessoas mortas não estão disponíveis para contato físico (Lc 16.19-31). A morte é a separação entre o corpo (parte material) e o espírito+alma (parte imaterial). Esta, seja a do salvo, seja a do perdido, com a morte, retira-se imediatamente do corpo (Ec 12.7; 2 Co 5.8; Fp 1.21-23; 2 Pe 2.9; Hb 9.27).

Terceiro, os demônios podem se passar por pessoas mortas. O rei Saul foi enganado por uma feiticeira e pensou ter conversado com o profeta Samuel (1 Sm 28). O Diabo pode se transfigurar até em anjo de luz (2 Co 11.14; Gl 1.8). Para ele e seus agentes se disfarçarem de pessoas mortas é fácil. Por isso, toda e qualquer manifestação sobrenatural que contrarie a Palavra de Deus precisa ser vista à luz de Deuteronômio 13.1-4.

Em Cristo,

Fonte: Blog do Ciro

Que país é esse?


Lula veio aqui em Pernambuco, ontem, inaugurar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Paulista. Já há algumas unidades dessas pelo Estado, inauguradas ou em construção. Disse que a saúde pública está uma maravilha, etc e tal, como compete aos "bons" políticos e que nunca na história desse País... Lá pelas tantas, após um jantar no Palácio das Princesas, foi acometido por uma dor no peito. Mesmo assim, partiu para o aeroporto.

Já estava o avião fechado, quando a equipe médica resolveu interná-lo imediatamente. Era a pressão arterial 12/18, conforme noticiou o Blog do Jamildo. Porém, poooorém, decidiram levar o homem para o Hospital Português, senão o melhor, o melhor entre os melhores hospitais PARTICULARES do Recife. Por que não internaram o cara numa UPA? Ou noutro hospital público? Ora, ora, não é o suprasumo...

Pode parecer uma bobagem, mas esta é a razão pela qual as coisas não funcionam no Brasil. Governadores, deputados, prefeitos, vereadores fariam o mesmo. Quando inauguram uma escola dizem que é de primeiro mundo, mas os filhos vão estudar na melhor das particulares possível. Segurança? Está as mil maravilhas, mas só andam cercados dos MIBs! E isso para falar apenas do tripé básico da Constituição. Porque se formos incluir outras coisinhas... Este ano tem eleição...

Fonte: Daladier

Meu desprezo

A programação da TV brasileira chegou ao nível mais baixo que poderia chegar.


Os programas de humor não me fazem rir - e olha sou um cara que ri de (quase) tudo -, os jornais deixaram de ser informativos para serem totalmente tendenciosos e apelativos, as malditas novelas só sabem banalizar o adultério, a mentira e tratar de temas do cotidiano da maneira mais inútil possível. Além disso ainda tem a porcaria do BBB, que não serve pra nada.




Até mesmo os programas que surgiram recentemente com a promessa de revolucionar o gênero, começaram a perder um pouco o foco, apesar de ainda constituírem a "resistência" do que há de bom nesta TVzinha desprezível e horrorosa.




Mas o que mais me irrita na telinha é a corja formada por missionários, apóstolos, pastores e caloteiros de plantão que, ao invés de utilizarem o espaço que têm para manifestar o amor de Deus e apregoar a Palavra do Senhor, preferem vender um falso cristo, disseminar falsas doutrinas, manifestar sua ganância em rede nacional, sem pudor, sem respeito e sem o mínimo de vergonha na cara.




Não aguento mais ligar a TV e dar de cara com estes pilantras pedindo o "trízimo", vendendo "rede ungida", "camisa ungida", "lubrificante ungido" (é isso meeeesmo!!! KY ungido!!!), e mais um monte de porcaria que, segundo eles, passou por uma espécie de "reciclagem espiritual" e agora servem como amuletos poderosos.




Enfim, diante da minha insatisfação e do meu desprezo à TV brasileira, quero recomendar a todos a solução que encontrei para meu tédio: desliguem a TV, resistam à tentação de ligar o PC e leiam um bom livro, de preferência, a Bíblia.




Alguém topa?

Fonte: T- 7

27 janeiro 2010

Maldito Evangelho da Prosperidade

Por Daniel Clós
Não, não estou fazendo apologia à pobreza, "simplicidade" no sentido pejorativo do termo ou ignorância. Mas à decência e humildade. É demagogia dizer que se vive na busca da pobreza e da mediocridade, todos queremos prosperar. É isso que Deus tem para nós.

Por si só o texto supracitado é demagógico e combina bem com a boca dos inimigos da cruz que não pregam o Evangelho da Salvação, mas sim um evangelho antropocentrista onde deus (o deus desse evangelho), vive para o agrado de seus seguidores... CORREÇÃO: seguir e agradar seus mestres... a saber: os crentes.

O irônico é que milhares desses crentes concordam com o que escrevi acima, no entanto, se eu também digitasse o nome de seus líderes; a turma que prega, divulga e usa a Bíblia como manual de mágia e bruxaria gospel, eu passaria de "profeta blogueiro" para "fariseu" no tempo de uma troca gasosa dos pulmões... ou até menos que isso... nesses crentes, o nome de seus "ungidos" dispara um alarme... e nada importa senão as palavras de seu líder... mais sábios que Deus, mais importantes que Cristo... mais influentes que o Espírito Santo.

Não por medo dessa turma, nem por respeito (não sei se devo isso a quem cospe na obra da cruz e crucifica a Cristo dia a após dia, expondo Cristo a vergonha novamente - pois é isso que significa a palavra vitupério em Hebreus 6.6) é que deixarei de citar nomes... é simplesmente porque é inútil.

Se vemos por um lado mais ridículo da "cristandade" decaída do século vigente pessoas suplicando a seu deus, por meio de novenas, campanhas e ingresso em nações religiosas um carro importado... de outro vemos "falsos" piedosos que não dizem se ajoelhar e pedir o mesmo BMW, mas se apresentam como filhos do rei e como tais querem o "melhor dessa terra"...

Tolos, estúpidos... não ouviram quando o Filho disse: "O meu reino não é deste mundo!" (Jo 18.36)... Não entenderam ainda que os nascidos em Cristo são apenas peregrinos e não pertencem a esta terra?... Não conseguem acreditar que o mundo é vosso inimigo e deseja vossa morte?

"Adúlteros, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tg 4.4)

O problema é que esses mesmos, com a mente já cauterizada pela doutrina humana distorcida, que não se apresenta como lei mas como liberdade, mas no entanto deturpa a graça de Deus tornando-a em libertinagem, homens perversos (Jd 1.4), desgraçam a Graça de nosso Senhor e Salvador para obter vantagens pessoais e saciar suas almas egoístas e promover sua prostituição "gospel". Esses mesmos, não conseguem se encaixar nessa Palavra, olham para ela e a direcionam para o viciado, para o bêbado, para a prostituta... ignorantes... não foi para estes que os apóstolos escreveram... era para aqueles que vivem sob o teto das igrejas mas não sob as asas da Graça de nosso Deus a quem Cristo, Paulo, Judas, Pedro... direcionam seus textos de arrependimento. foi para os "crentes" da época que Cristo pregou, gente doente que acreditava ser sã.... foi para as igrejas constituídas pelo verdadeiro ministério apostólico que Paulo e outros apóstolos escreveram... não para os "nitidamente" perdidos... não para os que proclamam nas ruas não crerem em Deus... nestes - sem arrependimento - a perdição é notória.

Passei grande parte da minha vida acreditando que minha mediocridade de pulos, danças, profecias e busca por prosperidade me aproximavam de Deus e constituíam um sinal de salvação... o que percebi quando verdadeiramente conheci o Evangelho que é Cristo? "Um camelo não passa pelo buraco de uma agulha"... e esqueça a história do túnel das cidades judéias... Jesus falava de uma agulha mesmo... néscios até quando acreditarão que a ira de Deus não cairá sobre vós?

Uma vez alguém fez comigo uma "oração de confissão"... um erro infantil, estúpido e que apenas alimentou meu ego... tempos depois percebi o grande assassinato que eu havia cometido... havia enganado um homem dizendo que ele estava salvo após uma oração tola e sem sentido... nunca mais vi esse rapaz em nossa igreja, e até onde sei não frequenta lugar algum. O que sei dele? Sua empresa fechou um grande negócio naquela semana... soube também que ele ficou muito "agradecido". Fez semelhante aos nove leprosos que não retornaram para adorar a Deus... era-lhes suficiente a cura de seu corpo mortal... pouco importava-lhes a alma eterna...

Tenho pedido a Deus outra oportunidade, para mim ou para ele... pois fui eu quem o condenou encaminhado-o a um caminho de engano, e desejo ser livre desse sangue inocente que eu propositadamente derramei (tenho para mim que o pecado é um ato pensado, planejado e executado pelo homem, conforme compreendo ao ler - Tg 1.15)... e digo isso não porque tenha feito àquela oração condenatória ao inferno pensando nisso. O problema foi não ter ouvido a voz de Deus mas apenas o meu enganoso coração que dizia: "É agora Daniel, coloque mais um na sua lista, mais uma pedrinha na sua coroa."

Peço a Deus a oportunidade (a mim ou a alguém mais capaz e fiel ao Senhor do que eu tenho sido) de dizer a este rapaz: "Amigo, se você não se arrepender, não mudar sua vida, não buscar intensamente este Evangelho você irá para o inferno".

Não como que buscando justificar meu erro, mas como quem alerta, sei que qualquer um pode errar... mas é necessário reconhecer o erro... o Evangelho é um contínuo caminho de arrependimento e piedade (ou devoção).

No entanto a cruz pregada pelos apóstolos da prosperidade e pelos sacerdotes da nojenta idolatria gospel desobrigam os "crentes" de seus deveres de cristão... forjam um contrato com Deus e ensinam-lhes a serem fiéis apenas a seus próprios desejos e a praticarem um punhado de doutrinas sem valor espiritual algum, senão monetário e mundano.

Deus tenha misericórdia nesses últimos dias e guarde os poucos que ainda não se dobraram perante satanás e seu horrendo exército... e preserve a vida daqueles que após deitarem-se com a prostituta chamada Teologia da Prosperidade arrependeram-se e tornaram ao Caminho Santo.

Fonte: Batalha pelo Evangelho

26 janeiro 2010

Igreja: lugar do perdão e da festa

Gostaria de pensar com você este tema tão especial, tão sugestivo. Lembro-me da famosa parábola do filho pródigo contada por Jesus. Depois de consumir todos os seus bens, o filho, passando necessidade, lembra-se do pai – do seu amor, do seu carinho, da sua aceitação e do seu perdão. O filho, ao pensar no pai, vê-se seguro porque confia no seu amor. Como é bom e precioso sabermos que somos amados por Aba!

Como também é muito importante sabermos que há pessoas que nos amam e têm prazer em estar com a gente. A Igreja é lugar de gente que ama, perdoa, aceita e encoraja no Espírito. Era assim que vivia a igreja primitiva (At 2.42-47; 4.32-37). Os dois pilares da vida cristã – amor a Deus e ao próximo – eram vivenciados pelo povo de Deus. Havia perdão entre eles. Era uma comunidade onde havia festa, alegria. Quando o filho pródigo voltou para casa, o pai promoveu uma grande festa.

Todos os encontros da comunidade do Pai devem ser de festa porque fomos aceitos no amado. “Para louvor da glória de Sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”(Ef 1.6,7). Então, há festa no céu quando um pecador se arrepende. Foi Jesus que disse esta verdade (Lc 15.10). Isto é simplesmente maravilhoso.

No ambiente da comunidade a graça de Deus opera de forma tão forte que todos nos sentimos iguais. Somos interdependentes. Não há acepção, preconceito, rejeição, mas amor repartido que produz atitudes e atos coerentes e pertinentes em Cristo Jesus para a saúde do Seu corpo. Onde há perdão e cura, há festa. Onde há comunhão, há plena alegria. É no ambiente da graça que vem o tratamento de Deus sobre nossas vidas, pois nada, absolutamente nada merecemos.

Deus trabalha em nós por meio do Seu Espírito operando o novo nascimento, aplicando-nos o caráter de Cristo. A Igreja primitiva tinha amor, perdão, pão, comunhão, testemunho e Testemunho (missão). Ela era um hospital e Jesus, o médico. Quanto mais se vivia Cristo mais saudável era a Igreja e mais relevante no mundo. As pessoas eram atraídas para a igreja pelo estilo de vida dos crentes. O modo de vida do povo de Deus era atraente.

Infelizmente hoje a maneira de viver dos membros das igrejas é repelente. Para atrair pessoas as igrejas usam-se dos eventos, grandes concentrações, ‘reuniões milagrosas’, pregação da teologia da prosperidade e outros mecanismos meramente pragmáticos (o que funciona melhor?). As pessoas precisam ver Cristo na comunidade dos salvos – os redimidos pelo Seu sangue.
Ser Igreja é ser Cristo nas atitudes e nos atos. Ser Igreja é caminhar na total dependência do Seu Senhor. É caminhar na direção dos párias, dos ébrios, dos maltrapilhos, dos pobres, dos miseráveis, dos doentes física e emocionalmente, dos violentados, dos drogados, dos aidéticos e de todos os que a sociedade secularizada rejeita. É necessário sairmos das quatro paredes, da nossa zona de conforto e partirmos para socorrer os que estão “cansados e oprimidos” para que Jesus os alivie (Mt 11.28-30).

Como Igreja, precisamos ser Cristo em carne e osso agindo neste mundo mau e tenebroso, sem esperança. Saiamos da acomodação, da inércia e da mesmice. Sejamos pessoas de oração, de profundidade espiritual e de criatividade, colocando em prática os ensinos do Mestre. Que sejamos pessoas inconformadas com tudo o que aí está.

Que experimentemos um ‘descontentamento santo’ (Bill Hybels). Realmente, não podemos nos conformar com este mundo, mas que experimentemos a metamorfose (transformação) do Senhor (Rm 12.1,2). Dia após dia vivamos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Sejamos a comunidade terapêutica, a comunidade invasora e catalisadora, a comunidade cheia do Espírito para fazer toda a diferença neste mundo que ‘jaz no maligno’ (1 Jo 5.19). Como Jesus, andemos por toda a parte fazendo sempre o bem (At 10.38).

Homens e mulheres cheios do amor do Pai, da graça de Cristo e do poder e da consolação do Espírito Santo até que Cristo volte. Maranata, Jesus!

Por: Oswaldo Luiz Gomes Jacob

Fonte: Instituto Jetro


Vivendo no Sistema sem ser do Sistema


Muitos obreiros, irmãos e jovens me abordam no sentido de buscar conselhos e orientações por suas frequentes frustrações, desilusões e decepções diante da crescente corrupção, hipocrisia, secularização e da perda de rumo de alguns setores e denominações evangélicas no Brasil.

O quadro é tão grave que alguns, além de se afastarem do "sistema" (igrejas, convenções, concílios etc), não desejam sequer serem chamados mais de evangélicos.

Lendo a Bíblia, entendi que sair de um sistema (igrejas, convenções, concílios etc) nem sempre é a atitude adequada ou possível.

Estar (fisicamente) num sistema, não significa necessariamente "ser" (essencialmente ou ideologicamente) deste sistema.

Numa perspectiva macro, Jesus falou disso em João 17.14-18, onde substituirei no texto o termo "mundo" (sistema macro caído influenciado por satanás) por "sistema" (setores e denominações evangélicas influenciados pelo sistema macro):


Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o "sistema" os odiou, porque eles não são do "sistema", como também eu não sou. Não peço que os tires do "sistema", e sim que os guarde do mal. Eles não são do "sistema", como também eu não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao "sistema", também eu os enviei ao "sistema". (Jo 17.14-18)


Percebe-se no texto a possibilidade clara de "estar no", sem "ser de".

Os profetas bíblicos não foram enviados de outras nações (sistemas politicamente constituídos) para profetizar contra os pecados de Israel e Judá. Eles viviam no sistema (nação israelita e judaica politicamente constituída), e do sistema foram levantados contra o próprio sistema (nação politicamente constituida e influenciada pela idolatria, imoralidade, violência, corrupção, suborno, injustiça social etc).

Foi dessa forma que para Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Ananote, na terra de Benjamim, o Senhor falou:


Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muro de bronze, contra todo o país (sistema), contra os reis de Judá (sistema), contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar." (Jr 1.17-19)


Observe que Jeremias era filho de sacerdote e morador de Benjamim. Ele estava diretamente relacionado com o sistema em termos religiosos e políticos, mesmo assim, o SENHOR o escolheu de dentro do sistema para se posicionar contra o sistema, sem se isolar do sistema:


Olha que hoje te constituo sobre as nações (sistemas) e sobre os reinos (sistemas), para arrancares e derribares (nos sistemas), para destruíres e arruinares (os sistemas) e também para edificares e para plantares (nos sistemas). (Jr 1.10)


Ezequiel é um outro exemplo de profeta cuja origens remonta à família sacerdotal (ministros religiosos do sistema). Dele no diz a Bíblia:


Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativerio do rei Joaquim, veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR. (Ez 1.1-3)


Ezequiel não apenas estava no sistema, como, inclusive, foi vitimado pelas consequências da desobediência a Deus que dominava o sistema, sendo levado cativo para a Babilônia junto com os demais integrantes do sistema.

Isaías tinha uma alta posição social no sistema, visto a liberdade com que transitava na corte real (Is 7.3-17; 39.3), a maneira como intervinha em questões de Estado (Is 37.5-7) e como se relacionava com os sacerdotes e portadores de altos cargos (Is 8.2). Mesmo assim, com toda esta liberdade e envolvimento com ilustres personagens do sistema, foi de dentro deste sistema e para profetizar contra este sistema que o Senhor o levantou.

Mesmo os profetas que não estavam muito próximos do centro do sistema (Jerusalém e Samaria), como é o caso de Elias (1 Rs 17.1), Amós (Am 1.1), Miquéias (Mq 1.1) e Naum (Na 1.1), de alguma forma se relacionavam com o sistema.

Sim, é possível estar no sistema sem ser do sistema.

É possível conviver no sistema e ser contra o sistema.

É possível realizar coisas boas no sistema e denunciar as coisas ruins do sistema.

É possível arrancar e derribar no sistema e também edificar e plantar no sistema.

É possível ser voz e arauto de Deus "no" e "para" o sistema.

É possível ser santo e íntegro no sistema.

É possível não se vender e não se render ao sistema.

É possível influenciar positivamente no sistema, sem ser influenciado pelo sistema.

É possível imitar Jesus.

Fonte: Blog do Pr. Altair Germano

Novela "Viver a Vida". Um festival de traições.

A  psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e coordenadora do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, que fez a pesquisa sobre o comportamento sexual do brasileiro, em 2000 afirma que o relacionamento extraconjugal já foi incorporado pela cultura brasileira, mesmo que isso não seja o que as pessoas almejam", Segundo a médica apenas um em cada quatro brasileiros casados espera fidelidade do parceiro. Isso significa que 75% das pessoas comprometidas acreditam que, mais cedo ou mais tarde, podem ter de encarar a traição. Os dados são de uma pesquisa que ouviu mais de mil pessoas casadas (ou com parceiro fixo) no Brasil.

Uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio de Janeiro aponta que 60% dos homens confessam a traição contra 47% das mulheres. Esses dados são o resultado de um estudo que vem sendo feito desde 1989 por Mirian Goldenberg, professora do departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais.

Para piorar a situação a Novela global "Viver a Vida" incentiva e promove um festival de traições. Na verdade, quase todos os seus personagens estão envolvidos em relacionamentos adulterinos onde a filosofia reinante é o hedonismo. Infelizmente em pleno horário nobre o que se vê na principal emissora de televisão do país é a ênfase em amores proíbidos e puladas de cerca onde que mais importa é a satisafação e o prazer pessoal.

Caro leitor, o adultério sempre foi e sempre será fonte de marcas, mágoas, dores e desgraças. A separação e falência conjugal são hoje uma gravíssima epidemia que tem vitimado milhões de pessoas em toda planeta. Isto posto, tenho plena convicção que como crentes em Jesus não nos é possível tratarmos com naturalidade comportamentos adulterinos. Antes pelo contrário, temos por dever confrontar de forma clara e objetiva este comportamento imoral. Além disso, cabe a nós chorarmos diante do Senhor, pedindo perdão pelos pecados de uma nação que teima em desrespeitar os valores da decência e moralidade.



Pense nisso!


Extra, Extra, Renê Terranova afirma que descobriu os segredos do DNA de Deus.

Por Renato Vargens

O "paipóstolo" Renê Terra Nova, divulgou em seu site pessoal o 2º Seminário da Honra. (para ver o cartaz click no quadro ao lado) De acordo com Terranova, entre os dias 04 e 07 de março, acontecerá no MIR um seminário de honra.

Segundo o apóstolo do G12, o primeiro encontro serviu para descobrir os segredos do DNA de DEUS, já neste será revelado a gênesis da honra.

Pois é, sinceramente eu não sei como alguns ainda consideram este profeteiro um genuíno homem de Deus.

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Os ensinos de Terranova afrontam as verdades bíblicas. Ao afirmar que ele teve acesso ao código da Honra e que Deus lhe revelou os segredos do seu DNA, Terra nova demonstra a loucura de seu ministério. Ora, nenhum dos apostólos, ou mesmo os reformadores falaram sobre isso. De onde será que esse cara tirou essa sandice?

Diante do exposto, reafirmo que Renê Terra Nova, é um falso profeta e que os seus ensinamentos devem ser refutados com veemência pela Igreja Evangélica Brasileira.

23 janeiro 2010

Chorando pelas Almas Enganadas


Paul Washer
Chorando pelas Almas Enganadas


A Respeito da Cegueira


Gosto muito do evangelho de João e da maneira como ele descreve o modo como Jesus agia e ensinava. Como é sabido por muitos, este evangelho é único e diferente dos demais. Por esta sua particularidade, João relata um dos episódios mais incríveis e interessantes da vida do Mestre: o encontro de Jesus com um cego de nascença.

Ao ler o texto e ver o desdobramento da história, uma frase de Jesus me chama a atenção; foi quando o Mestre disse: “o cego de verdade é todo aquele que vendo, não vê”. Isto causou um alvoroço enorme entre os fariseus, que buscavam algum argumento em que pudessem incriminá-lo, de tal forma que perguntaram a Jesus: “Acaso somos nós cegos também?”.

O dizer de Jesus é muito profundo quando visto e percebido por nós, e a resposta dos fariseus nada mais é que uma indagação muito simplista ante à profundidade da afirmação dita. O que Jesus disse está relacionado à atitude que todo ser humano faz frente à vida. Todos os dias nós nos indagamos se de fato somos cegos, ainda que não seja num momento de reflexão; mas nossos atos nos mostram o quanto indagamos constantemente sobre nossa possível cegueira.

Digo isto porque estes dias presenciei uma das cenas mais fantásticas e incríveis que já contemplei em minha vida: vi um casal de cegos no trem. Nunca havia presenciado um casal de cegos namorando, pode ser que já tenha visto por televisão, mas tão próximo de mim nunca. Usuário do transporte público de São Paulo que sou, descobri que isso pode proporcionar visões e cenas que vão das mais bizarras as mais incríveis.

Observar aquele casal foi como presenciar a “manifestação de Deus” ali do meu lado. O modo como eles se relacionavam, conversavam, davam risadas, se beijavam, faziam caretas, enfim, tudo o que eles faziam era de mente tranquila, sem se importar com nada ao redor, e muito menos com o fato de serem vistos. O que importava pra eles ali, naquele momento, era a leveza e a simplicidade do amor.

Ver aquilo renovou em mim a esperança de como a manifestação do amor é real e verdadeiro quando pessoas se entregam a ele, sem medo e sem medir riscos. Não me refiro à entrega de paixões burras e loucas, mas à pureza e a leveza que o amor proporciona ao coração.

Hoje estamos muito fissurados em esticas e aparências, na correria frenética por status e posições, se importando com moral e gestos pra exercer a vida, tudo sempre feito na busca de fortalecer o exterior, enquanto por dentro vamos definhando dia a dia. Aquele casal não queria saber se um era mais bonito que o outro; eles estavam interessados no que realmente importa: no amor.

Aqueles dois cegos fizeram cair por terra o adágio popular que diz “o amor é cego”. Pelo contrário, eles ensinaram que “o amor abre os olhos de quem quer realmente enxergar”. Esta foi a lição de Jesus naquele contexto: enquanto toda a cúpula estava preocupada com o que o menos interessava, isto é, se preocupar com que o ex-cego dizia e com quem o havia curado, se esqueceram de ver que aquele cego agora estava curado; ou seja, ver que aquele cego estava curado era menos importante do que saber quem o havia curado e por que aquele homem dizia tais coisas.

O poder, o status, o exterior, o ódio, a cobiça haviam cegado aquele homens, ainda que eles enxergassem. Quem anda neste espírito sempre será cego. Quem tem medo do amor sempre andará nas trevas. Quem vive a vida se privando dos percalços sempre viverá em oposição à luz. Quem se preocupa com coisas que pouco importam sempre será cego. Viver a vida sem amor é realmente cair na cegueira, pois vendo a pessoa não vê; contemplando não consegue enxergar. Enquanto estivermos presos aos desejos e ligados as influências cegas do nosso orgulho e desejos desenfreados, ainda que se diga “eu vejo”, pra Jesus não passamos de “cegos".

Por Victor
Fonte: Celebrai

O fim é você quem escolhe

Existe um pensamento que nos transmite a seguinte ideia: Você não pode mudar o que já fez, entretanto, você pode dar um novo fim na sua história. Isto nos remete a pensar que, embora as consequências de meus atos passados me sobrevenham, eu sempre posso dar um novo fim à minha história. Necessariamente eu não preciso me conformar, ou aceitar um fim de vida tão triste e frio, posso mudá-lo, posso dar outra tônica em minha história, sempre.


Esta é a mensagem do livro de Oséias no seu primeiro capítulo. Esta é a mensagem que Deus transmitiu a este profeta que viveu num período da história do Reino do Norte em Israel, muito perturbado econômica e socialmente. Um período onde o povo via e sofria a derrocada da economia (escassez financeira), e sentia as consequências de reis que buscavam poder a toda a custa (guerras civis). Num espaço de trinta anos, período em que Oséias profetizara em Israel, a monarquia do Reino Norte foi passada pela mão de seis reis, e todos tomaram o poder pelo golpe e pela força. Deus, no entanto, levanta Oséias neste período; seu objetivo seria profetizar o arrependimento, ou a mudança de final.

A história singular do profeta se torna a história do povo e de Deus. Este profeta se casara com uma mulher que mais tarde se tornaria infiel. Deste relacionamento, o casal teve um filho chamado “Jezreel”; os outros dois filhos, a filha “Lo-Rhuama” e o filho “Lo-Ami”, que respectivamente significa “Desfavorecida” e “Não Meu Povo”, frutos dos atos infiéis da esposa. Toda esta situação vivida por Oséias foi discernida por ele como uma profecia de Deus, pois, ao olhar para sua vida e ver a aliança do matrimônio e amor rompida pela infidelidade e prostituição, ele enxerga na sociedade do Reino Norte o mesmo cenário: Deus fez uma aliança com o povo que amava, mas que, no entanto, estes romperam a aliança, e se tornaram infiéis, buscando outros deuses (esta busca Oséias irá chamar de prostituição).

Mesmo diante de tais fatos, Oséias estava disposto a aceitar sua mulher de volta e acolher seus filhos. De forma que, a “Desfavorecida” se tornaria “Favorecida”, visto que encontrou abrigo de pai e carinho, e que sua história não seria mais de uma mulher conhecida como o fruto das “prostituições”, e sim como uma mulher amada por um pai e pertencente a uma família. O “Não Meu Povo” se tornaria “Meu Povo”, visto que um filho que não tinha nome agora teria um, ou seja, carregaria a origem de um pai, teria uma descendência a passar de geração a geração.

Este era o sentimento de Oséias que, por conseguinte, era o sentimento de Deus: Dois maridos traídos, mas dois maridos que amavam suas esposas acima de tudo. Dois maridos dispostos a dar um novo fim a tudo, pois todas as coisas se tornam sempre favoráveis e contribuem sempre na vida e no coração de quem ama.

Esta não só é a história deste profeta e deste povo, como pode ser a nossa história também. Num âmbito pessoal, sempre tomaremos decisões que se tornarão “Desfavorecidas” a nós mesmo; e, por conta de tal ato, a culpa sempre nos lançará na direção da quebra de comunhão com o Pai, e ficaremos com sentimento de “Não Meu Povo”.

Agora, num âmbito social, vemos a sociedade de hoje, na qual estamos inseridos, entrando num caminho ruim para si mesma; um caminho sem vida e sem significado, e isto é tão latente que pode ser visto nos lares que hoje são destruídos e massacrados por pais e mães que querem enriquecer a todo custo; nos filhos que carecem de orientação na vida porque passam mais tempo em frente a uma televisão do que em conversa com seu pai; nos jovens que são destruídos porque gostam mais do status que pessoas atribuem do que do carinho de amigos fieis e leais; este é ou não é um caminho que faz desta geração uma “Desfavorecida”? É ou não é um caminho tão cheio de morte que faz com que também nos chamemos de “Não Meu Povo”?

Por ambos os âmbitos, vemos a derrocada do ser humano; mas a mensagem da vida, de Deus, dos profetas e do Evangelho é sempre a mesma: você pode dar um novo fim! Vamos nos arrepender! Pois a mensagem é esta: se arrependam porque vos é chegado o reino... Em outras palavras: se vocês se destroem, saibam que vocês podem mudar a tônica de suas vidas; busquem um novo fim, porque este é o verdadeiro sentido da vida.
 
Por Victor
Celebrai

22 janeiro 2010

Graça e Conhecimento

“Crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.”
(II Pedro 3.18)


A bíblia manda que cresçamos em graça e em conhecimento (II Pe 3.18). Isso é mais que óbvio, já que até Jesus crescia nestes dois aspectos da vida cristã (Lc 2.52) e manifestou seu ministério com esses dois atributos bem visíveis (Jo 1.14). Sabendo disto, não quero falar sobre os benefícios de obedecer este mandamento, que são muitos. O que eu desejo falar neste artigo é sobre a medida de empenho que empregamos em cada um desses dois aspectos da vida cristã. Quero falar sobre a medida da Graça e a medida do Conhecimento que buscamos adquirir.

O que é muito prejudicial nos dias de hoje é que as pessoas não buscam crescer nestes dois atributos de uma maneira saudável e bem medida. O que mais acontece hoje é que as pessoas ou buscam exclusivamente a graça ou buscam exclusivamente o conhecimento. Poucos são os que buscam de um modo sóbrio desenvolver a graça e o conhecimento equivalentemente, sem focalizar excessivamente um ou o outro.

A Graça e o Conhecimento devem crescer sempre juntos. O desenvolvimento de um desses em detrimento do outro pode ser desastroso. Se, por algum motivo, um bom cristão passa a ignorar a graça de Deus (mesmo sem perceber) e começa a mergulhar em um estudo apenas intelectual das escrituras, por um tempo ele será edificado, mas com o passar dos dias, ele pensará que está crescendo em conhecimento, mas, na verdade, ele está apenas vivificando seu raciocínio carnal para interpretar a Palavra e Deus. Com isso, ele acabará se tornando um escravo da erudição. Na melhor das hipóteses, ele será servo de uma ortodoxia morta.

No outro lado, quando ele se entrega às manifestações da graça de Deus e ignora o estudo teológico das escrituras, por um tempo curto ele estará atuando de acordo com o poder de Deus, mas, rapidamente, perderá o guiar do Espírito Santo manifesto através da Palavra de Deus. Achando que está crescendo na Graça, estará crescendo na sua própria emoção e em manifestações anti-bíblicas.

Temos que analisar nossas vidas e ver se estamos realmente de acordo com a Palavra de Deus. Precisamos nos examinar para saber se estamos crescendo de um modo saudável na Graça e no Conhecimento do nosso Senhor Jesus. "Examine-se, pois, o homem a si mesmo." (I Co 11:28).

Em relação ao conhecimento, o tempo que passamos orando antes de estudar as Escrituras nos mostra se a nossa confiança está em Deus ou na carne. Se oramos pouco para que Deus nos ilumine, isso mostra que confiamos no nosso próprio raciocínio e erudição para interpretar as escrituras, e com certeza nos tornaremos escravos de nossa própria mente carnal. Quando oramos profundamente a Deus suplicando que Ele nos dê o conhecimento e a interpretação correta de cada verso, isso mostra que confiamos em Deus para nos dar o conhecimento correto da sã doutrina. Isso é que representa um estudo teológico saudável. Como dizia Lutero: “Orar bem é a melhor parte dos estudos.[1]”

Outro ponto que mostra se somos escravizados pela teologia vã é quando nos tornamos como os doutores da Lei, os quais Cristo combateu vorazmente. Estudando, mas não praticando. Pregando, mas não vivendo. Atando fardos, mas sem levantá-los (Lc 11.45-52). Iguais àqueles que gritam “Senhor! Senhor!”, mas que praticam a iniquidade (Mt 7.21-23). Achando que conhece a Deus, mas vivendo uma mentira (I Jo 2.4). Esse ponto é muito importante e devemos ressaltá-lo bem.

Após nos lembrar que o reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude (Mt 23:3; I Co 4:20), John Bunyan, em O Peregrino[2], nos expõe a vida de um falso mestre chamado Loquaz:


“[Ele] Fala da oração, do arrependimento, da fé, do novo nascimento, mas nada disso sente; não faz mais do que falar. [...] Não há ali [em sua casa] oração nem sinal algum de arrependimento do pecado. [...] [Ele] é a própria nódoa, opróbrio e vergonha da religião, para todos os que o conhecem (Romanos 2:23-24).”


Não é essa a vida de muitos que dizem seguir a Cristo? Não é assim que se comportam muitos dos que até são chamados pastores? Como somos enganados quando achamos que Por conhecer as doutrinas bíblicas nós seremos redimidos no dia do Julgamento de Cristo. Bunyan continua:


“[...] Assim como o corpo sem a alma não é mais do que um cadáver, a alma da religião é a parte prática. “A religião, pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai, consiste nisto: em visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e em se conservar cada um a si isento da corrupção desse século.” (Tiago 1:27). Loquaz não o entende assim; julga que o ouvir e o falar é que fazem o bom cristão; e assim traz enganada a sua própria alma. O ouvir não é mais do que semear a palavra, e o falar não é bastante para demonstrar que há fruto, realmente, no coração e na vida. E devemos estar bem seguros de que, no dia do juízo, serão todos julgados segundo os frutos que houverem produzido (Mateus 25:31-46). Não se lhes perguntará: Creste? Mas sim: Praticaste? E nesta conformidade será o julgamento. Por isso é o fim do mundo comparado à sega da seara (Mateus 13:18-23), E tu sabes perfeitamente que o segador não considera senão os frutos.”


É exatamente isso que deve tomar conta da nossa vivencia Cristã. Não apenas conhecer a sã doutrina, mas vivê-la! Que possamos ser como um animal limpo, como foi apresentado por Deus a Moisés (Lv 11; Dt 14) e é representado ainda por Bunyan:


“[...] [O animal limpo] é naquele que tem as unhas fendidas e que remói; uma só destas qualidades não basta para a classificação. A lebre remói mas é imunda, porque não tem unhas fendidas. Assim acontece com o Loquaz: remói, busca conhecimentos, rumina a palavra, mas não tem as unhas fendidas; não se aparta do caminho dos pecadores; mas, à semelhança da lebre, tem patas de cão ou de urso, portanto, imundo.


Já em relação à Graça de Deus, a nossa preocupação em analisar biblicamente cada experiência que temos com Deus nos mostra se somos escravos da emoção ou não. Quando conferimos cada manifestação, revelação ou profecia à luz da palavra, isso mostra que buscamos estar pautados pela palavra de Deus. Já quando vivemos experiências ou recebemos uma palavra revelada de Deus e não as colocamos sob a luz da Escritura, isso mostra que experiências são mais importantes que a sã doutrina, tal coisa nos fará escravos de momentos.

Quando isso acontece, nos casos mais graves, algumas pessoas passam a colocar a palavra num nível inferior ao das profecias e revelações. No lugar de analisar as experiências diante da bíblia, tentam interpretar a Palavra de Deus sujeitando-a às revelações. Isso foi o que deu início a muitas das seitas que existem hoje. Toda profecia, não importa de quem venha, quando não está de acordo com a Santa Palavra de Deus, é anátema (Gl 1.8).

Um fator que nos mostra se estamos crescendo igualmente na graça e no conhecimento de Deus é observado na nossa disciplina em relação à pregação. Pessoas que buscam unicamente o conhecimento são aquelas que estudam a palavra buscando, prioritariamente, algo para ministrar. Quem assim age é como um homem usando um balde para retirar de um rio a água da vida e, com esse balde cheio, joga dessa água nas pessoas. Esse homem mal pode perceber que, fazendo isto, ele está seco dessa água. E algum casos, achando que está indo no rio da água da vida, o homem pode estar tirando lama de um rio imundo e jogando nas pessoas sem se dar conta, pois não provou antes da água que dava.

Já quem busca a graça muito além do conhecimento age no extremo oposto. Quando tal homem vai ministrar a Palavra de Deus, pouco há de preocupação em relação à exposição bíblica em detrimento de uma ênfase doentia nos dons. Tal homem é alguém que sequer chega próximo do rio que possui águas vivas e espera que Deus faça fluir rios do seu interior.

Quando crescemos na graça e no conhecimento, buscamos tanto estudar profundamente as escrituras quanto orar e confiar em Deus. É quando agimos de um modo onde a plenitude de Deus pode estar operante em nós que mostramos se estamos ou não extremando um desses atributos e esquecendo o outro. É quando usamos nossa mente para entender a Palavra e oramos para que Deus opere nos corações. Como expôs Jonathan Edwards[3]:


Os Hipócritas [...] são como Efraim na antiguidade, de quem Deus reclamou muito e disse: ‘Efraim é um bolo que não foi virado.’ (Os 7.8). Ou, como diríamos, meio cru.”


É exatamente isso que devemos evitar. Não podemos ser ‘queimados’ demais de um lado e ‘crus’ do outro. Devemos sempre buscar crescer mais e mais em cada uma dessas duas atuações cristãs. Não nego que sempre haverá irmãos com um ministério mais enfático em um ponto ou outro, mas isso não deve ser em níveis desproporcionais. Nunca alguém por ter um ministério que enfatiza a Graça e o Poder de Deus pode andar longe da Palavra. Nem alguém que é usado por Deus como Mestre nas escrituras pode viver sem ter uma real intimidade com a manifestação do Espírito Santo. Embora cada um expresse Cristo de uma forma que os outros não podem, contribuindo para o equilíbrio da expressão coletiva de Cristo, a expressão individual deve ser equilibrada também.

Cresçamos tanto na Graça quando no Conhecimento. Que nunca estejamos parados ou inertes, mas sempre buscando orar a Deus para que Ele possa multiplicar suas virtudes em nós. Como grita Vinicius M. Pimentel[4]:


"Tristes dias, o tempo em que os reformados precisam de renovo e os renovados precisam de reforma e eu, de ambos!”

Oro para que Deus possa tocar nos nossos corações para que cresçamos tanto na Graça quando no Conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo.


“Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor” (II Pe 1.2)

__________________________________________________________________

1 Citado por Orlando Boyer, no livro Heróis Da Fé, publicado no Brasil pela CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus).
2 O peregrino, Escrito por John Bunyan em 1678 (além de A Peregrina, em 1680), é uma obra que tem influenciado Cristãos do mundo todo. Você pode adquirir esse livro pelas editoras: Martin Claret, Mundo Cristão, Central Gospel.
3 Uma Fé mais Forte que as emoções, Escrito por Jonathan Edwards e Editado por James M. Houston. Publicado pela Editora Palavra.
4 Vinicius Musselman Pimentel, fundador do blog Voltemos ao Evangelho. Conheça mais em http://www.voltemosaoevangelho.com/



Fonte: Voltemos ao Evangelho

O Brasil está livre dos terremotos?

Por Ciro Sanches Zibordi


Ao ser perguntado sobre os sinais da sua vinda e do fim do mundo (Mt 24.3), o Senhor Jesus profetizou: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares” (v.7). Ele não disse que só ocorreriam terremotos perto das bordas das principais placas (tectônicas) que constituem a crosta e ao longo das elevações no meio do oceano, onde uma nova crosta está em formação.

A despeito de todos os avanços na área da sismologia, ainda não é possível prever com total precisão onde e quando os terremotos ocorrerão. É óbvio que a maior concentração de terremotos está situada no chamado “anel de fogo” em torno do Pacífico e no cinturão que abrange o Mediterrâneo e segue em direção ao leste, até o Himalaia e a China. Mas a Placa de Nazca — placa tectônica do tamanho dos Estados Unidos — avança sob a América do Sul.

Nazca se move bem devagar, é verdade, à velocidade do crescimento de um fio de cabelo, forçando a Cordilheira dos Andes cada vez mais para cima, e, conforme a massa terrestre sul-americana resiste, essa placa se contorce e se deforma, afundando no manto da Terra.

Mas, e se Deus quiser aumentar a velocidade do deslocamento da Placa de Nazca? Com certeza, sismos como o ocorrido no Haiti poderão acontecer por aqui também. Se o movimento dessa esteira rolante aumentar, submeterá vários países da América do Sul não apenas a tremores leves, mas a grandes terremotos, como o que ocorreu, no dia 15 de agosto de 2007, em Lima, no Peru (ilustração acima), atingindo a magnitude de 8 graus na escala Richter — escala logarítmica criada pelo sismólogo norte-americano Charles Richter (1900-1985) para avaliar a energia liberada por terremotos.

Afirmar que os terremotos ocorrem apenas por causa do deslocamento de placas tectônicas é simplismo. Por quê? Porque a Palavra de Deus afirma que o Senhor está julgando o mundo em razão do seu pecado. Ele, por exemplo, já derramou a sua ira sobre Sodoma e Gomorra (Gn 19); e antes já havia inundado toda a Terra com as águas do Dilúvio (Gn 6-7). E, por ocasião da Grande Tribulação, haverá grandes juízos sobre o mundo por causa do pecado (Ap 6-8).

Que Deus está julgando o mundo hoje não há dúvidas: “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça” (Rm 1.18). E sabemos que impiedade e injustiça existem nos Estados Unidos e no Haiti, na Holanda e no Afeganistão, no Brasil e em Angola, na Austrália e no Japão, etc.

Não podemos limitar a ocorrência de grandes terremotos a fatores naturais (cf. Mt 24.7; Lc 21.11), como o deslocamento de placas no fundo do oceano, pois Deus está no controle de todas as coisas. Como eu já disse, em outro artigo, se levássemos em consideração a lei da sementeira e sega, o Brasil já teria experimentado várias outras tragédias, e de enormes proporções. Tragédias acontecem aqui e ali, umas maiores, outras menores. Mas o que é certo mesmo é que o soberano Deus está julgando o mundo por causa do pecado.

É claro que não é o momento de associar o que aconteceu ao pobre povo haitiano com juízos divinos — e é por isso que declarações a respeito da religião prevalecente no Haiti estão provocando tantas reações intempestivas e desproporcionais na blogosfera evangélica —, porém negar o fato de que o Senhor está julgando o mundo, repito, é simplismo.

Em Cristo,

Fonte: Blog do Ciro

Decretos para 2010?


Por Ruy Marinho
Uma irmã nos enviou uma indicação de mais um absurdo ad nauseam. Trata-se dos "decretos para o novo ano", feitos por alguns apóstolos contemporâneos, que ao meu ver, estão mais para "babalorixás gospel" do que proclamadores das verdades bíblicas. Todo começo de ano é a mesma coisa: um monte de profetadas e decretos para direcionar a vida dos incautos, em diretivas segundo os objetivos antropocêntricos dos próprios profetas apostólicos, bem como de seus seguidores.

Veja alguns trexos dos "decretos para 2010", feitos pelo Ap. Chuck Pierce:


3- Decrete que você foi exprimido para liberar a ordem de Deus!
10- Decrete que a plenitude do Senhor virá sobre você!
11- Decrete que aquilo que você não via vai começar a ver claramente, dando boas-vindas as surpresas do Senhor!
13- Decrete que os contratos velhos são rompidos e os novos contratos são estabelecidos segundo o destino dos céus!
14- Decrete a ativação profética em você em um nível maior!
15- Decrete que o fogo de Deus começou a se mover em você!
21- Decrete que a operação do milagre está em você!
22- Decrete que você simplesmente recebe o milagre!
23- Decrete que o que foi trancado no seu homem espiritual agora está sendo liberado!
24- Decrete a liberação do dom da fé em sua esfera de ação!
25- Decrete que o Senhor abre os seus olhos para o milagre!
26- Decrete que a revelação será destrancada e que o fogo de Deus (como aconteceu com Moisés) trará a mensagem que você precisa!
33- Decrete o fim do seu sofrimento! 35- Decrete que toda a plenitude manifestar-se-á e você experimentará o plano da plenitude!
36- Decrete que você verá as suas conexões!
37- Decrete que tudo o que você precisa para ofertar já foi liberado!
38- Decrete que a próxima linha de suprimento já está sendo liberada! 39- Decrete que os demônios que estavam segurando a sua linha de suprimento estão sendo arrancados, removidos!
40- Decrete que as linhas de provisão para sustentar a visão são liberadas!
41- Decrete que tudo o que a sua mão tocar já está aberto para prosperar!
42- Decrete que a fumaça que ficou ao seu redor vai sair!


Diante do esposto, convido você a refletir nas seguintes perguntas:

1 - Palavras como "decretar", "declarar" ou "determinar" devem ser ditas por Deus ou por criaturas finitas como nós?

2 - Aonde está a base bíblica para o ser humano "decretar" a "vontade do agir de Deus" na própria vida?

3 - Segundo a Bíblia, podemos "pedir" algo para Deus (Mc 11:24), porém a decisão final e definitiva é exclusiva D'Ele (1 Jo 5:14). Não seria uma tremenda pretensão egocêntrica - biblicamente contraditória - pensar que temos este "poder" de decretar, declarar ou determinar algo?

Ao invés dos "decretos" feitos por humanos, eu fico com os decretos de Deus, que são eternos, imutáveis e irrevogáveis:


Ensina-me, SENHOR, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim. Sl 119:33

Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim. Sl 119:112

"O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela." 1 Sm 2:6

"Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos." 1 Crônicas 29:11

"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Isaias 55:8-9

"O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!". Romanos 11:33

"E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve." 1 Jo 5:14 (negrito do autor)

"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus." Efésios 1:1 (negrito do autor)

"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Romanos 11:36

"Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos." 1 Crônicas 29:10-11

"A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores." 1 Tm 6:15

"Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quando a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados." Mt 10:29-30

"Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céul A tua fidelidade estende-se de geração em geração; fundaste a terra, e ela permanece. Conforme os teus juízos, assim tudo se mantém até hoje; porque ao teu dispor estão todas as coisas". Sl 119:89-91

Fonte: Bereianos

Leia agora

Não seja igual