18 março 2010

Resgatando a nobreza bereana.


O Blog da Nani acabou de anunciar mais um capitulo da venda de indulgências modernas. Em um video publicado no youtube, um bispo neopentecostal comercializa um pequeno cajado com azeite ungido pela bagatela de R$ 100,00. O que mais me impressiona nisso tudo é que um número incontável de cristãos considera essa prática "espiritual" como bíblica, cristã e normal.

Pois é, o pastor norte americano John MacArthur Jr. afirma com muita propriedade que a igreja hoje é possivelmente mais suscetível aos falsos mestres, aos sabotadores doutrinários, e ao terrorismo espiritual que qualquer outra geração na história da igreja. A ignorância bíblica dentro da igreja parece ser mais profunda e mais espalhada que em qualquer outra época desde a Reforma Protestante.
Sem a menor sombra de dúvidas vivemos dias extremamente complicados. Infelizmente o ensino bíblico das escolas dominicais bem como dos nossos seminários, tornaram-se inóquos e superficiais, o que contribui em muito para a surgimento de uma igreja "ediotizada e burrificada."
Acredito que uma das saídas para esse embróglio seria resgatar a "nobreza bereana" de nossas comunidades através do fortalecimento da Escola Dominical, como também trabalhar arduamente nos seminários teológicos ajudando-os a disseminarem entre seus alunos a sã doutrina.
Pense nisso!

Renato Vargens

10 Razões porque devo participar da Escola Bíblica Dominical.

1. Por causa do amor a Cristo e sua Palavra. (Jo 14.21)
2. Porque é dever do cristão crescer no conhecimento de Deus através do ensino saudável das Escrituras.
3. Para que não sejamos enredados pelas heresias e desvios doutrinários do nosso tempo. (Mt 22.29)
4. Porque a igreja se desenvolve de forma relacional, comunitária e intelectual através do estudo sistemático da Palavra de Deus.
5. Porque o ensino da Palavra de Deus proporciona a elevação do nível de maturidade da igreja local.
6. Porque a Escola Bíblica Dominical é um excelente meio para evangelização de amigos e familiares.
7. Porque a Escola Bíblica Dominical é um lugar propício para a descoberta, crescimento e capacitação de novos ministérios.
8. Porque a Escola Bíblica Dominical fortalece a família promovendo o entrelaçamento dos relacionamentos familiares.
9. Porque o estudo sistemático da Palavra nos desperta a uma vida de santidade.
10. Porque a Escola Bíblica Dominical é uma profícua fonte de avivamento e despertamento espiritual para a igreja.

Pense nisso!

17 março 2010

A maravilhosa mensagem da Cruz

Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico, onde o crucificaram e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.” Jo 19:17-18

Parte das igrejas evangélicas brasileiras tem pregado um evangelho muito diferente do evangelho da Bíblia. Em dias tenebrosos como os nossos, muito se tem falado sobre vitória, bênçãos e prosperidade, contudo, quase não ouvimos mais pregações sobre a centralidade da Cruz. O pastor anglicano John Stott acerta vez afirmou que um dos mais graves equívocos da igreja evangélica é querer um cristianismo sem cruz.

Caro leitor, a cruz de Cristo deve ser a nossa mensagem central. A morte do Cordeiro que tira o pecado do mundo deve ser a nossa proclamação. O sangue justo derramado na cruz a favor dos eleitos deve ser a nossa ênfase principal. A cruz é o centro da história do mundo. A encarnação de Cristo e a crucificação de nosso Senhor são o centro ao redor do qual circulam todos os eventos de todos os tempos.

Como bem afirmou John Stott, qualquer pessoa que investigue o cristianismo pela primeira vez ficará impressionada pelo destaque extraordinário que os seguidores de Cristo dão a sua morte. No caso de todos os outros grandes líderes espirituais, a morte deles é lamentada como fator determinante do fim de suas carreiras. Não tem importância em si mesma; o que importa é a vida, o ensino e a inspiração do exemplo deles. Com Jesus, no entanto, é o contrário. Seu ensino e exemplo foram, na verdade, incomparáveis; mas, desde o princípio, seus seguidores enfatizaram sua morte. Além disso, quando os evangelhos foram escritos, os quatro autores dedicaram uma quantidade de espaço desproporcional à última semana de vida de Jesus na terra – no caso de Lucas, um quarto; de Mateus e Marcos, cerca de um terço; e de João, quase a metade.
Oh! Quão maravilhosa é a mensagem da Cruz! Como diz a clássica canção: "Sim eu amo a mensagem da cruz, até morrer eu a vou proclamar, Levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar."




15 março 2010

Quem é a “senhora eleita” de II Jo ?


Uma visão panorâmica da carta


Após uma saudação inicial, em que declara amar seus leitores na verdade (2Jo 1,2), João os abençoa com a graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo (2Jo 3). Depois de comunicar que havia se encontrado com membros da igreja que andavam de acordo com a verdade do evangelho (2 Jo 4), o apóstolo passa a exortá-los a que obedeçam ao mandamento do amor fraterno (2Jo 4-6). A razão apresentada é a chegada de falsos mestres que negam que Jesus veio em carne (2Jo 7). Os leitores deveriam acautelar-se contra eles (2Jo 8).

Esses falsos mestres poderiam ser reconhecidos por ultrapassarem a doutrina de Cristo, isto é, negarem a encarnação. Os que fazem isto não procedem de Deus (2Jo 9) e não deveriam ser nem mesmo recebidos em suas casas, caso aparecessem, sob pena de cumplicidade (2Jo 10,11). Apesar de ainda ter muita coisa a escrever, João prefere deixar para uma conversa pessoal, numa futura visita à igreja (2Jo 12). Ele conclui retransmitindo as saudações da igreja irmã (2Jo 13).

A carta pode ser sintetizada em quatro partes:

I. Destinatários e saudações, 2Jo 1-3
II. Vivendo em verdade e amor, 2Jo 4-6
III. Cuidado com os falsos ensinamentos, 2Jo 7-11
IV. Palavras finais e saudação, 2Jo 12,13


Quem é a “senhora eleita”?


João destinou a sua segunda carta “à senhora eleita” (ἐκλεκτῇ κυρίᾳ) e aos seus filhos (2Jo 1). Quem é esta “senhora eleita”? Há entre os biblistas 3 opiniões diferentes, a saber:


Primeira, que se trata de uma senhora cristã e de seus filhos, que eram conhecidos do apóstolo João. A carta, portanto, teria um cunho estritamente pessoal e almejava ajudar aquela família a ficar firme contra investidas de falsos mestres. Essa possibilidade é plausível e tem tido alguns defensores.

A Segunda, que a destinatária se chamava Kuria (da palavra kuri,a, “senhora”), ou Eclecta (“eleita”) ou Eclecta Kuria, uma combinação das duas. Essa hipótese é muito improvável, pois não há comprovação na literatura de que Eclecta fosse um nome próprio. Mesmo que Kuria fosse um nome próprio, era raro. “A combinação de dois nomes tão raros seria incrível” (D. Guthrie).

Terceira, que se trata de uma referência figurada à igreja e seus membros. Esta é a minha opinião, pois tem a seu favor vários argumentos. Jerônimo desde cedo a defendia.

O apóstolo João, ao final da carta, envia saudações dos “filhos da tua irmã eleita” (2Jo 13), uma referência a uma igreja local. O teor da carta, especialmente as advertências contra os falsos mestres, são mais apropriadas se dirigidas a uma igreja local e seus membros, como por exemplo, a advertência para não receber em casa algum dos falsos profetas (2Jo 10,11)

O uso de “eleita” (ἐκλεκτῇ) para uma congregação local se encontra em 1 Pedro, “Aquela que se encontra em Babilônia, também eleita, vos saúda (1 Pe 5.13).

Também é relativamente comum encontrarmos na Escritura personificações femininas de nações e cidades (cf. “a filha de Sião”, 2Rs 19.21; Sl 9.14; Mt 21.5) e da própria igreja de Cristo, “a noiva do Cordeiro” (cf. Ef 5.22-23; 2 Co 11.2; Ap 19.7).

Um outro argumento em favor da igreja em sentido figurado, é que João, a partir do versículo 5, dirige-se à “senhora eleita” (ἐκλεκτῇ κυρίᾳ)no plural: “ouvistes” e “andeis” (2Jo 6); “acautelai-vos” (2Jo 8); “não o recebais” (2Jo 10), o que mostra que ele tinha em mente um público maior, ou seja, uma comunidade local de cristãos.

Finalmente, a “senhora eleita” (ἐκλεκτῇ κυρίᾳ) era amada “por todos os que conhecem a verdade” (2Jo 1), uma afirmação que cabe melhor no caso de uma igreja cristã.


Nele,
Pr Marcelo de Oliveira
Bog do autor: Supremacia das Escrituras

 
Bibliografia: Stott, John. I,II e III João (Introd. e Comentário) - Ed.Vida Nova
Lopes, Augustus Nicodemos. II, III João e Judas. Ed. Cultura Cristã

11 março 2010

O caminho de Emaús - Lucas 24

O encontro no caminho de Emaús, um vilarejo a doze ou treze quilômetros a noroeste de Jerusalém, é uma das mas vívidas histórias da ressurreição. Aconteceu na tarde do domingo. Um dos discípulos é identificado como Cleopas; o outro bem pode ter sido sua esposa. Enquanto caminhavam, falavam sobre os eventos impressionantes ocorridos em Jerusalém naqueles dias. Nessa caminhada, o Cristo ressuscitado juntou-se a eles.

Observemos o que Lucas diz sobre os olhos dos discípulos. De acordo com o versículo 16, seus olhos foram impedidos de reconhecer Jesus; de acordo com o versículo 31, seus olhos foram abertos e eles o reconheceram. O que teria feito a diferença? Como nossos olhos podem ser abertos como os olhos dos discípulos o foram?

Primeiro, podemos conhecer Cristo por meio das Escrituras.
Jesus reprovou os discípulos por terem sido tão tardios em crer nos profetas, e então os levou através das três divisões principais do Antigo Testamento – a Lei, os Profetas e os Salmos (v.44) – o Tanakh - lhes explicando seu ensino sobre os sofrimentos e a glória do Messias. Como Jesus dissera antes, “as Escrituras... testemunham a meu respeito” (Jo 5.39). Assim, precisamos procurar Cristo em toda a Escritura. Ao fazermos isso, nosso coração não poderá deixar de arder.

Segundo, podemos conhecer Cristo mediante o partir do pão.
Talvez os discípulos de Emaús tenham visto as cicatrizes em suas mãos ou reconhecido a sua voz. Mas parece mais provável que os quatro verbos usados por Lucas tenham acionado a memória deles: Jesus tomou o pão, deu graças, o partiu e o deu a eles. Então seus olhos foram abertos e eles o reconheceram. Como disseram mais tarde, “Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão” (Lc 24.35). Muitos cristãos têm testificado experiência semelhante a essa. Um exemplo é o da mãe de John Wesley, Susanna. Certo dia, tendo ouvido as palavras da Ceia do Senhor, confessou: “As palavras tocaram meu coração e eu tive certeza que Deus, em nome de Cristo, havia perdoado todos os meus pecados”.

Portanto, aqui estão duas maneiras principais por meio das quais Cleopas e seu companheiro [a] reconheceram o Senhor ressuscitado, e mediante as quais podemos reconhecê-lo hoje – as Escrituras e o partir do pão, a Palavra e o sacramento.

Nele, o terceiro caminhante de Emaús

Pr Marcelo de Oliveira

10 março 2010

Três características de um pastor bem sucedido

A maioria dos pastores bem sucedidos é, antes de tudo, líderes eficazes. Em todas as situações de insucesso, o motivo é a falta de liderança. Então surge uma pergunta importante concernente ao pastor e ao crescimento da igreja: "O que é liderança?”.

Um bom líder define o seu papel, estabelece o alvo, e paga o preço.

Um bom líder define o seu papel

O papel do pastor: O papel do pastor é liderar. Os seus pensamentos precisam andar na frente dos outros: ele sonda todas as possibilidades, prevê problemas e descobre soluções. Então ele comunica estas possibilidades e idéias de como solucionar problemas àqueles que tomam decisões na igreja. O pastor bem sucedido está sempre vendo adiante. Ele não pode viver no passado. Ele precisa viver no futuro. Liderança efetiva traça os seus planos com base no futuro, e não nas realizações do passado.

O pastor bem sucedido precisa também definir o papel da igreja. Eu defino o papel da minha igreja, como o Corpo de Cristo na comunidade, que procura pessoas feridas, as ama e as leva a uma experiência da graça redentora de Deus. A igreja bem sucedida ministra às pessoas em sua totalidade, baseando-se em relacionamentos, atende as necessidades humanas em sua comunidade.

Conheço algumas igrejas que são simplesmente pontos de pregação - elas têm uma multidão no domingo de manhã, mas bem poucos, ou ninguém, estão indo de encontro às necessidades humanas. Também há as igrejas que são centros de treinamento ou de evangelismo. Mas a igreja de hoje deve ser muito mais do que isso. A igreja bem sucedida será sempre o Corpo de Cristo alcançando as pessoas feridas através do evangelismo, educação, treinamento, ministério de adoração e atendendo as necessidades particulares do seu povo.

Um bom líder estabelece o alvo

O pastor bem sucedido estabelece alvos para igreja. Estabelecer alvos exige que o pastor esteja na igreja o tempo suficiente para conhecer o povo, a comunidade e as necessidades. Em muitas igrejas, o pastor tem a idéia de que ficará ali até que apareça uma igreja melhor. Mas esta é uma fórmula garantida para o fracasso. O ditado diz: "Floresça onde você está plantado". O sucesso não é uma questão de ter espaço para trabalhar e sim o resultado direto de uma atitude de sucesso. Os grandes movimentos nunca são dirigidos a grandes lugares, mas são sempre movidos por grandes idéias. E idéias bem sucedidas se deslocam de um sonho bonito e inspirativo para alvos específicos e mensuráveis.

Como você estabelece os seus alvos? Você começa com uma lista das maiores necessidades de sua igreja e comunidade. Depois põe a sua lista em ordem do mais importante. Qual é a necessidade mais urgente? O que você pode fazer de imediato? Baseado nestas necessidades estabeleça alvos diretos, específicos e definidos que descrevam os resultados que você quer para daqui a um ano, cinco anos e dez anos.

Depois você precisa verificar os seus alvos. Eu uso três perguntas para determinar se os meus alvos são inspirados por Deus.
1. Este é um alvo que oferece soluções para os problemas? A realização deste alvo - este sonho - resolverá problemas humanos?
2. Este sonho se for realizado, representa algo novo que precisa ser feito? Alguém já está sendo bem sucedido em atender estas necessidades? Se o seu alvo é pioneiro, você poderá ter certeza que receberá todos os estímulos, novos desafios e oportunidades que você precisa, e as pessoas cujos problemas serão resolvidos através da realização do seu alvo reconhecerão que você é um servo de Deus. Se o seu alvo for aprovado nestes dois testes, então você fará a pergunta mais importante: A realização do meu alvo trará glória a Deus? Será algo valioso para Deus? Se a resposta for "sim" para as três perguntas, é hora de começar, pois a metade já está feita.

Um bom líder paga o preço

O pastor bem sucedido está disposto a pagar para ter o trabalho realizado. Uma vez que você estabeleceu seus alvos, creia que qualquer coisa é possível, que seu trabalho resolverá problemas humanos e será algo valioso para Deus. Pesquise todos os caminhos possíveis para alcançar o seu alvo. Mãos à obra e trabalhe. Pague o preço.

Por: Dr. Robert Schuller
Fonte: SEPAL

O que está acontecendo com a igreja gloriosa?

Muitas pessoas buscam saciar sua fome espiritual na igreja, mas não encontram nela o Pão da Vida. Encontram muito do homem, pouco de Deus. Muito ritual, pouco pão espiritual. Muito da terra, pouco do céu. Estamos substituindo o Pão do céu por outro alimento. Os pregadores pregam para agradar, e não para desafiar. Dão palha em vez de trigo ao povo - Jr 23.28. Estão pregando saúde e prosperidade, e não sobre a cruz de Cristo. Pregam-se os direitos dos homens, não a soberania de Deus. Prega-se sobre libertação e não sobre arrependimento e conversão. Prega-se um outro evangelho e não o evangelho da graça.

Neste sentido o que vemos hoje é uma Igreja Católica querendo ser evangélica. Uma igreja protestante sem protestos. Uma igreja que se diz reformada, carente de uma urgente reforma. Umas igrejas evangélicas, distanciadas do verdadeiro Evangelho. Uma igreja carismática, com muito carisma e pouco caráter.

A igreja gloriosa precisa de santos nos púlpitos e nos bancos. Não de santos beatificados e canonizados depois de mortos, mas de santos vivos, audíveis, visíveis, palpáveis, nos seminários, nas ruas, nas faculdades, no trabalho, na família - exalando o aroma de Cristo! Aleluia!

Afinal, você deve estar se perguntado: "O que está acontecendo com esta igreja gloriosa que Paulo falou em Efésios 5.27?"

A graça transformada em libertinagem. É Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, põe a boca no trombone. Leia o versículo 4.

Estão torcendo a mensagem da graça de Deus a fim de arranjarem uma desculpa para sua vida imoral. E o pior disso é que isto está acontecendo dentro de muitas igrejas! Leia o versículo 12. Estes intrusos são prostituídores da graça de Deus! Há uma distância enorme entre a graça de Deus e a libertinagem! Graça é a manifestação maior da misericórdia, da compaixão da paciência de Deus. Graça é o próprio Deus agindo graciosamente para conosco. Enquanto a libertinagem é totalmente oposta a isso!

O culto transformado em show.

Não é apenas a mídia que está usando a palavra show para se referir a alguns cultos. Nós mesmos usamos esse termo em nosso meio. Ora, as palavras show e culto não combinam. O dicionário Aurélio define show como espetáculo de teatro, rádio, TV, com grande montagem - que se destina a diversão - atuação de vários artistas de larga popularidade. Culto: adoração/ homenagem à divindade em qualquer forma (religião). A igreja existe não para oferecer entretenimento, melhora de auto-estima, mas sim para adorar a Deus! Se falharmos nisso, a igreja fracassa!

Perceba o paradoxo: Convide os jovens de nossas igrejas a um show de música gospel e depois os convide a um congresso de Missões. Veja a diferença de pessoas em cada um! O tempo destinado à exposição da Palavra em nossas igrejas, está cada vez menor. Há uma cantoria tremenda! Assim como há pão light, geléia light, comidas light, temos hoje também os cultos lights: leve, ligeiro, alegre e jocoso!

Dízimos transformados em dividendos.

A idéia que o dízimo/oferta abrem as comportas do céu, e deixam derramar tanta prosperidade que você não terá onde guardar está tão generalizada que parece não haver saída para este câncer que se instalou na mente dos evangélicos. Há pessoas que dão tudo o que tem na esperança de melhorarem sua vida, de serem bem-sucedidos em seus negócios. Foi, é esta malfadada teologia da prosperidade que criou esta mentalidade mercantilista do dízimo! Escutem amados: Precisamos mais da prosperidade da Teologia, do que a teologia da prosperidade! Dão não como a viúva que ofertou 2 leptos, pequenas moedas de cobre quase sem valor - uma oferta altruísta, sacrificial. Mas dão para escaparem da falência, de uma doença terminal, de uma separação conjugal.

Esta capacidade maligna de transformar a arte de dar em receber está profanando e tornando antipática a palavra dízimo, de origem santa. Isto é totalmente contra o princípio de Jesus ensinou conforme em Atos 20.35.

O dízimo transformado em dividendos (parte dos lucros líquidos que cabe ao acionista de uma empresa mercantil) inverte os papéis e supervaloriza a obra, em detrimento da graça. Desse modo, Deus assume o papel de devedor e o homem assume o de credor.

Milagres transformados em marketing.

Não há quem precise e não busque a face de Deus para obter livramento frente as difíceis situações da vida: enfermidades, desemprego, morte etc. Devemos buscar a Deus nesses momentos, isso é correto. Agora o que acontece: nós tentamos enquadrar nossas necessidades na lei do mercado. Se há procura, deve haver oferta. Se há problemas difíceis demais, triste demais, complexo demais, então, devem-se ter milagres também. Então, monta-se uma banca, ou um estande de milagres.

O nome de Deus é usado inescrupulosamente. Os milagres não são feitos ao pé do ouvido (como Jesus) sem alarde, sem tocar trombeta: mas de forma sensacional; quanto mais público for, melhor será. Se a igreja não fazia milagres, agora ela tem que fazer, pois caso o contrário perderá seus fiéis e pára de crescer, como a outra está crescendo. Novamente a uma inversão de valores aqui: quando Jesus, o Messias curava, sempre procurava esconder das multidões os prodígios que ele operava. Ele dizia: não conte a ninguém. Então há aqui, uma inversão bíblica, pois enquanto Jesus disse: "Estes sinais acompanharão os que crêem”. Hoje estamos dizendo: os que crêem seguiram estes sinais.

A força moral transformada em força numérica.

A famosa declaração de Jesus em Mt 5.13 de que somos o "sal da terra" mostra o valor da força moral, e não o da força numérica.

Por causa da ênfase demasiada nos números, transformamos a conversão em adesão, que são acontecimentos totalmente diferentes, quando se trata da salvação e da vida eterna. Jesus, o Pão da Vida, nunca se empolgou com as multidões que o seguiam! Na verdade ele discernia os corações, e sabia que muitos estavam ali, não por seu ensino e doutrina, mas sim pelos milagres que ele realizava. Você nunca verá um pregador em uma tribuna dizer: Amados, preguei num Congresso que tinha 20 pessoas. Não! Nunca! Como se Deus estivesse apenas nos grandes ajuntamentos! Quando as multidões quiseram fazer dele um rei, ele se afastou e foi para o monte orar! Que contraste de nossos pregadores! Que amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus!

Que o Eterno tenha misericórdia de nós, pois queremos ser a igreja gloriosa, sem mácula, irrepreensível!

No amor de Jesus.

Por: Marcelo De Oliveira
Fonte: SEPAL

09 março 2010

Paul Washer - Caídos, caídos, voltem-se a Cristo!



Comunhão, o efeito de está em Cristo

E perseveraram na doutrina dos apóstolos e na comunhão...
“E perseveraram na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. (Atos 2.42)
“ E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; e eis que se fizeram novas”. (2 Co 5.17)

I. A Importância da Comunhão na Igreja
Um dos grandes resultados da nossa posição espiritual em Cristo, é sem dúvida o privilégio de manter comunhão com a trindade santa e comm os nossos irmão em Cristo. Tanto as epístolas quanto o livro de Atos dos Apóstolos nos oferecem o modelo ideal do viver cristão em comunidade como Igreja. Este texto é um resumo de um dos elementos essenciais no discipulado cristão. Vamos destacar neste estudo a comunhão na famíla de Deus como um dos grandes efeitos da nossa realidade espiritual em Cristo Jesus.

1.1. O Que é Comunhão?
a) O termo comunhão vem do grego “Koinonia” com o significado de vida em comum, comunicação, solidariedade, união e acordo. É a qualidade de existir em comum; participação mútua.
b) Comunhão é uma palavra composta de duas outras palavras: “comum” e “união”. “Assim, pode-se dizer que comunhão significa sermos unidos de tal forma que temos as coisas em comum”.
c) Comunhão é o compartilhar tudo que sou e que tenho com os outros. É muito mais que um companheirismo amistoso.
d) Comunhão é a atitude de abrir nossas vidas para nossos irmãos e amá-los. A comunidade é a estrutura que facilita a comunhão. A comunhão cristã está baseada em relação familiar com Cristo e a sua Igreja.
e) A comunhão e comunicação estão muito ligadas, Rm 12.13.
f) Devemos manter comunhão com a Trindade Santa conforme lemos em 1 Jo 1.3,7 e 2 Co 13.13 mas também com os nossos irmãos em Cristo, 1 Jo 1.7.
g) “Comunhão tem a ver com aquela relação pessoal que os cristãos gozam com Deus e uns com os outros, em virtude de serem unidos a Jesus Cristo. Quem estabeleceu essa relação foi o Espírito Santo, que habita no cristão, unindo-o a Cristo e a todos os que são de Cristo. Essa relação se expressa de diversas maneiras, entre as quais: compartilhar bens materiais, cooperar na obra do evangelho, e manter a unidade e o amor entre os cristãos”. ( Lowell Bailey )

1.2. Por que a comunhão é importante?
a) Em primeiro lugar, a comunhão com meus irmãos revela minha comunhão com Deus, 1 Jo 1.7; 2.9-11; 3.14-18; 4.7,8, é impossível dizer que tenho uma íntima e profunda comunhão com Deus, se minha relação com meus irmãos não demonstra o mesmo.
b) Em segundo lugar, a comunhão é importante porque revela nosso desenvolvimento com o povo de Deus, Rm 12.10; 13.78; 1 Pe 1.22; Gl 5.13; Cl 3.13. A comunhão com os irmãos atende a uma das necessidades mais profundas do ser humano que é amar e ser amado. A Igreja tem que se destacar em primeiro lugar pelo amor, 1 Co 13; Sl 133.
c) A terceira razão pela qual a comunhão é tão importante é porque ela é a base do nosso testemunho ao mundo, Jo 13.35; 17.21-23; 1 Jo 4.11,12, se não demonstrarmos o amor de Cristo, o mundo terá boas razões para rejeitá-lo.

II. Como podemos melhorar nossa comunhão?
Observando as oportunidades que Deus nos dá e cumprindo os mandamentos bíblicos da mutualidade ou fraternidade:

a) Exercitar o amor fraternal e o respeito mútuo, Rm 12.10;
b) Descobrir algo bom nos outros e não apenas julgá-los, Rm 14.13;
c) Admoestar quando necessário, Rm 15.14;
d) Cooperar com os outros sempre que puder, 1 Co 12.25;
e) Servir nas dificuldades, Gl 5.13; 6.2;
f) Suportar as diferenças, Ef 4.2;
g) Ser paciente com os outros e perdoar sempre, Ef 4.32;
h) Não mentir ao irmão, Cl 3.9;
i) Não falar mal do irmão, Tg 4.11;
j) Confessar as faltas e orar pelos irmãos, Tg 5.16;


III. Crescendo na comunhão fraternal
“Rogo-vos... que andeis de modo digno da vocação para a qual fostes chamados, com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. (Efésios 4.1-3)

O nascimento na família de Deus acontece quando a pessoa reconhece que Jesus Cristo é o único meio de alcançar a Salvação eterna e assim entrega-se a Ele e se compromete a uma vida de fidelidade.
A vida cristã é uma dinâmica onde cada dia estamos crescendo e desenvolvendo o nosso ser e o nosso caráter. É o processo da santificação que tem a participação humana e divina. Porém há um imperativo para nós: O crescimento espiritual em todos os aspectos da nossa vida cristã, 2 Pe 1.5-7; 1 Co 12.13-31; Hb 12.15.
Estudaremos alguns aspectos importantes do crescimento na comunhão fraternal.

3.1. Crescer em comunhão fraternal envolve nossa união com Deus e com os irmãos, Sl 25.14; Rm 12.10; 1 Ts 4.9; Hb 13.1; 1 Pe 1.22.
Qual a diferença entre escutar um sermão bíblico através do Rádio ou TV e na igreja? Basicamente, a diferença está na comunhão.
* * *

3.2. Crescer em comunhão fraternal é crescer em família, Rm 12.10; Cl 3.9; 1 Co 12.12-31; Sl 133; Jo 13.35. Este crescimento acontece quando reconhecemos que somos filhos do mesmo Pai e buscamos conhecer as pessoas, sua necessidades, suas vitórias e alegrias. Quando a fraternidade cristã impera, ela fecha todas as brechas para a entrada de discriminação seja qual for o tipo.

“Não devemos impor nenhuma condição para aceitação de nossos irmãos, a não ser as que Deus impôs para aceitá-los”.
Mattew Henry

3.3. Crescer em comunhão fraternal é aprender a conviver com as diferenças, 1 Co 12.12-31; Ef 4.1, 2. Cada membro tem a sua aparência, importância e função no corpo de Cristo. As diferenças existem. Cada membro é uma pessoa única com a sua formação familiar, educacional, com temperamentos, hábitos, etc... Para que haja uma perfeita harmonia ou fraternidade cristã é preciso uma ação do Espírito de Deus através do amor que une os irmãos em Cristo, Sl 3.13.

“Para os primeiros cristãos, ‘Koinonia’ não era a comunhão enfeitada de passeios quinzenais patrocinadas pela Igreja; não era chá, biscoito e conversas sofisticadas no salão social depois do sermão. Era um compartilhar incondicional de suas vidas com os outros membros do corpo de Cristo”.
Ronald J. Sider

3.4. Crescer em comunhão fraternal é dar espaço para o perdão, Hb 12:15. A diferença do cristão está em como ele administra as divergências e as marcas deixadas nos relacionamentos. A melhor estrada a ser caminhada, ainda que não seja tão fácil, é a do perdão, Mt 6.14,15; 18.15-35; Cl 3.13; Tg 5.16.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como filhos de Deus adotados em sua família pela obra meritória de Jesus Cristo, temos o privilégio de permanecer em Cristo, e ligados a ele em santa comunhão, também somos capacitados para vivenciarmos em nosso dia a dia um extraordinário nível de comunhão horizontal. Viver na família de Deus implica nossa comunhão com os irmãos. Você está percebendo que Deus deseja despertá-lo para uma vida de maior comunhão com Ele e com os irmãos?

Por Pr. Rayfran Batista
Fonte: Site do autor

05 março 2010

Por que você não vai à Escola Dominical?

Por que você não vai à Escola Dominical?

Se esta simples pergunta fosse feita por pastores, superintendentes ou professores de ED aos ex-alunos ou alunos em potencial, muita coisa boa poderia acontecer.

Mas, por qual razão tal pergunta não é feita? Vejamos algumas possibilidades:

- Medo de ouvir o que já se sabe;
- Acham que é obrigação de todo crente frequentar a ED, independente da qualidade do ensino e de outros fatores que contribuem de maneira favorável para o crescimento integral do aluno;
- Pessimismo. Pensam que mesmo com as respostas as coisas não poderiam ser mudadas na ED devido ao descaso da liderança maior (pastores ou superintendentes) para com a mesma;
- Falta de real interesse pelo bem estar dos alunos;
- Falta de compromisso e de zelo pela obra de Deus;
- Falta de treinamento, orientação e qualificação administrativa e pedagógica;
- Falta de uma verdadeira "chamada" de Deus para o ministério do ensino;
- Resistência às mudanças;
- Nunca pensou nisso;
- Espiritualidade equivocada. Acha que os problemas e as soluções serão sempre "reveladas" por Deus através de profecias, visões, do envio de um anjo ou coisas semelhantes a estas;

A capacidade de ouvir é uma das grandes virtudes de um líder.

Outros fatores poderiam ser listados, mas vamos ficar por aqui.

Digo sem medo de errar, que no contexto geral da igreja, há um número no mínimo igual ao de alunos matriculados na ED, que pelas mais diversas razões estão fora dela.

Em nome da "Síndrome da Gabriela" (eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim...) ou do "argumento falacioso (ou equivocado) dos marcos antigos", muitas Escolas Bíblicas Dominicais caminham de mal a pior.

Do alto de sua arrogância (ou ignorância), muitos líderes insistem na idéia de que o aluno sempre tem que se adequar a ED (horário, dia, estrutura, etc), e nunca a ED se adequa ao alunos e às novas realidades e desafios do mundo pós-moderno.

Mudar o próprio dia da ED, ou criar dias alternativos além do domingo é para muitos um "sacrilégio", uma "blasfêmia", um "pecado", mas nunca tentam fazer pelo menos como uma experiência, para ver se haverá um resultado satisfatório.

Inovar na prática docente e pedagógica é outro grande desafio. Boa parte dos alunos, principalmente as crianças, adolescentes e jovens, passam a semana experienciando aulas interessantes e inovadoras em suas escolas, para no domingo sofrerem diante de um professor despreparado, fossilizado e mumificado, que parou no tempo e no espaço. De quem é a culpa? Do professor que não busca a qualificação, ou da escola que não investe nele?

Sim, é preciso orar e buscar em Deus a direção, a sabedoria e a provisão. Mas, será que é sempre Deus que fará as coisas por nós? Não estamos um pouco (ou muito) acomodados?

Ouse perguntar!

Ouse ouvir!

Ouse agir!

Mensagem aos fariseus do século XXI

Ainda existem fariseus? Sim. Mas os fariseus de hoje não são os pertencentes à seita que existia nos dias em que o Senhor Jesus andou na terra. Os fariseus da atualidade são os que propalam o falacioso evangelho (falsas boas novas) farisaico, verdadeiramente legalista, o qual prioriza questiúnculas, em detrimento das questões relevantes.

Quem são os fariseus do século XXI?


“Os fariseus do século XXI costumam ser como os que viveram no tempo em que Jesus andou na terra: donos da razão e inflexíveis (Mt 23.32-39). Paulo, que foi um fariseu (At 23.6; Fp 3.5), deu ouvidos à voz de Jesus e humilhou-se diante dEle: ‘Senhor, que queres que faça?’ (At 9.6). Ele disse isso depois de ouvir a repreensão do Senhor, a caminho de Damasco (vv. 1-5).

Até ouvir a voz de Jesus, Paulo, também chamado Saulo (At 13.9), era truculento, inflexível e pensava que estava fazendo a vontade de Deus! Se você tem seguido ao evangelho farisaico, faça como o imitador de Cristo: ouça a voz do Mestre, o qual, aliás, dirigiu uma mensagem a todos os fariseus, em Mateus 23. Neste capítulo, o Senhor enumera as características do farisaísmo de ontem e de hoje:

Os fariseus dizem uma coisa e praticam outra (v. 3)

É como se afirmassem: ‘Façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço’. Aprendamos com Jesus, que fazia e ensinava (At 1.1). E, por isso, pôde dizer: ‘Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também’ (Jo 13.15). Leia Romanos 2.21-23.

Os fariseus põem fardos pesados sobre as pessoas (v. 4)

Eles mesmos, como disse Jesus, ‘nem com o dedo’ movem tais fardos, mas vivem exigindo que o povo siga ordenanças originadas em suas cabeças.

Os fariseus são vaidosos, soberbos (vv. 5-12)

Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens; amam os lugares de destaque e os títulos. Quantos hoje não agem assim? Fazem questão de exibir os seus nomes com siglas após a vírgula: ‘Fulano de Tal, PhD, DD, ThD’. Tais ‘doutores’ se esquecem de que o mais importante é ser um servo do Senhor Jesus Cristo! Uma sigla que eu gostaria de usar depois da vírgula é ShD — Servo humilde de Deus! [Mas isso também seria vaidade, pois quem é humilde não precisa dizer que é.]

Os fariseus contribuem para a perdição de muitos (vv. 13-15)

A Palavra de Deus diz que devemos salvar a nós e aos que nos ouvem, tendo cuidado de nós mesmos e da doutrina (1 Tm 4.16). Mas os fariseus, além de não entrarem no Reino de Deus, impedem que os seus seguidores entrem, torcendo o verdadeiro evangelho de Cristo. Tornam os seus prosélitos ‘filhos do inferno duas vezes’. Daí Jesus ter afirmado: ‘... ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova’ (Mt 15.14).

Os fariseus são condutores cegos, insensatos e hipócritas (vv. 16-22)

Eles inventam ordenanças, exigindo dos fiéis uma santidade exagerada, extrabíblica, extremada, excêntrica, excessiva, ex... Que Deus tenha misericórdia deles e de seus seguidores; que a graça os alcance em tempo oportuno!

‘Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas’ (Ap 3.6). E quem tem olhos leia o que Jesus disse em Mateus 23!”

Para saber mais sobre os fariseus do século XXI e seu evangelho farisaico, leia o livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria (CPAD), que apresenta outros sete evangelhos (ou falsas boas novas) que Paulo jamais pregaria: empirista, antropocêntrico, da prosperidade, ecumênico, teologicocêntrico (e não biblicocêntrico), filosófico e do entretenimento.

Aborto

Seja Corajoso, Presidente Barack Obama.

Fonte: Voltemos ao Evangelho












Acorde, Igreja!






Tradução e legendas: Defesa do Evangelho
Via: Voltemos ao Evangelho

As hesitações de Pilatos

Foto tirada em Yerushalaim, quando por bondade do Eterno estive lá no ano de 2007.

Desejando agradar a multidão, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado Marcos 15.15Pôncio Pilatos, prefeito da Judéia, era um hábil administrador, mas às vezes insensível às hesitações judaicas. Nos evangelhos o vemos às voltas com um dilema, dividido entre a justiça e a conveniência. Por um lado, ele sabia que Jesus era inocente, e disse isso repetidas vezes. Por outro, ele temia as conseqüências caso não cedesse à multidão. Os evangelistas o retratam como “desejando soltar a Jesus” (Lc 23.20) e “desejando agradar a multidão” (Mc 15.15)

Todavia, ele descobriu que não poderia satisfazer a ambos os desejos simultaneamente. É interessante observá-lo tentando livrar-se do doloroso apuro em que estava. Ele tentou de quatro maneiras evitar uma decisão clara. Vejamos:

Primeiro, ele tentou transferir a responsabilidade a outrem. Ao descobrir que Jesus vinha da Galiléia e que, portanto, estava sob a jurisdição de Herodes, o enviou para lá. Herodes, porém, não encontrou base para as acusações contra Jesus.

Segundo, ele tentou fazer a coisa certa (soltar Jesus) com a motivação errada (por causa do costume da Páscoa), libertando Jesus como um ato de clemência, e não de justiça

Terceiro, ele tentou satisfazer a multidão com medidas paliativas, açoitando Jesus em vez de crucificá-lo.

Quarto, ele tentou persuadir a multidão de sua integridade (ao lavar as mãos publicamente) ainda que a contradissesse (ao enviar Jesus para a cruz). Lavou as mãos, mas sujou o coração! Ambas as atitudes foram um subterfúgio, uma tentativa de evitar um comprometimento.

Por que Pilatos foi tão fraco, um covarde moral? João afirma que os judeus gritavam o tempo todo para ele: “se deixares esse homem livre, não és amigo de César” (Jo 19.12). Isso definiu a questão. O assunto estava encerrado. Ele teve de escolher entre dois reis. Para sua vergonha eterna, ele fez a escolha errada. Escolheu ser amigo de César e inimigo de toda razão e justiça. Seu nome foi imortalizado na cláusula do credo que declara que Jesus “sofreu sob Pôncio Pilatos”.

Pr Marcelo de Oliveira

Bibliografia: Bekessy, Emery. Barrabás. Ed. Central Gospel
Stott, John. A Bíblia Toda, Ano Todo. Ed. Ultimato

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