Houve tempos em que as igrejas eram compostas por pessoas que conheciam as Escrituras, que com simplicidade e reverência cultuavam a Deus, as pessoas de fora admiravam a honestidade, o comportamento e o agir de um crente ante as adversidades da vida. Sem palavras muitos vieram a Jesus pelo testemunho de verdadeiros crentes.
Nossa liturgia de culto era diferente, simples e cristocêntrica com hinos inspirados na Palavra de Deus, expressando as principais doutrinas da fé cristã. O momento dos dízimos e das ofertas era um ato de amor e fidelidade a Deus. A subida do pregador ao púlpito era ansiada, pois Deus iria falar, a certeza de uma pregação bíblica silenciava o templo e enchia de expectativa o coração dos servos. A exposição da Palavra era o centro do culto. A escola dominical reunia muitos crentes desejosos em aprender sobre Deus.
Hoje muita coisa mudou. Ser evangélico é participar de um grupo como muitos gerados pela sociedade, tais como: hippies, emos e os punks. O povo de Deus descaracterizou-se, não busca mais em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, o mundo e toda a sua glória já os atraí (com exceções, creio que ainda existem muitos que não se dobraram a Baal). O culto santo, transformou-se em entretenimento. O ápice do culto, já não é mais a Palavra de Deus, pregada por alguém preparado teologicamente, mas sim o "louvorzão", que fica ao encargo de bandas com aparelhagens de sons e luzes. Suas músicas confortam o ego humano, são repetitivas e de forte apelo emocional, teologicamente pobres. Os dízimos e as ofertas se transformaram em "atos proféticos!?!?" e em barganha com Deus. Não se clama mais a Deus, agora se decreta (maldita petulância humana).
Estão acabando com a santa identidade da igreja, sob o pretexto de contemporanizar e excluir a religiosidade. O "louvorzão" tem cerca de uma hora, enquanto a pregação da Palavra tem vinte minutos ou menos. O ensino das Sagradas Escrituras é colocado em segundo plano, a Bíblia perdeu o seu real lugar, a hermenêutica e a exegese se transformaram em monstros, portanto proibidas de serem aplicadas e o preparo teológico um perigo no meio, pois pode acabar com o conforto e o domínio gerado pela facilitação de se conduzir um grupo que desconhece os desígnios de Deus.
Que o Senhor nosso Deus possa nos usar para mudar esse triste quadro! A Ele toda honra glória e louvor!
Pb. Francisco de Aquino, membro da Igreja “O Brasil para Cristo” Kemel – Poá e professor do Instituto Bíblico O Brasil para Cristo (I.B.B.C.) em Suzano e Poá.
Via: Sola Scriptura
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