29 junho 2011

A Era das Estrelas Gospel está chegando ao fim!

Hermes Fernandes

Não sou saudosista. Mas devo admitir que foi-se o tempo em que o púlpito não era palco nem palanque, e a congregação não era platéia, nem tampouco o pastor era considerado um showman. Foi-se o tempo em que cantores que se dedicavam a louvar a Deus não tinham fã clube, e nem sabiam o que significa tietagem após sua apresentação. Mesmo porque, não havia performance, e sim, culto. Todos os holofotes eram voltados para Deus. E os únicos aplausos que esperava ouvir vinham dos céus.

O sonho de conquistar o mundo para Cristo foi substituído pelo sonho de tornar-se num mega-star gospel.

O dinheiro antes investido para enviar missionários para o campo, agora é usado na construção de suntuosas catedrais, com suas cadeiras acolchoadas, para oferecer conforto à crentes almofadinhas.

Mas tudo isso está prestes a acabar. O mercado gospel está ficando saturado. Ninguém suporta mais patrocinar os projetos megalomaníacos dessas estrelas.

Cada vez mais, os cristãos estão se conscientizando de que seu papel não é o de manter esta indústria religiosa, que se apresenta como ministérios, e sim, de trabalhar pela transformação do mundo.

Chega de fogueiras santas! Chega de fogueiras de vaidade!

Chega de estratégias evangelísticas mirabulantes. Que o importante seja o que é certo, e não o que dá certo.

Chega de busca por títulos e fama. Que se busque servir em vez de ser servido.

Voltemos ao velho e bom Evangelho, sem invencionices. Voltemos ao discipulado, sem a pressão pela multiplicação. Deixemos que Ele acrescente em número, enquanto nós focamos a qualidade de nossa vivência cristã.

E que os milagres aconteçam em ambientes domésticos e seculares, no dia-a-dia, e não a granel, no atacado, como tem sido anunciado nos programas neo-pentecostais.

Está chegando o tempo em que o Evangelho será espalhado por toda a Terra, não através de eventos extraordinários, marchas, cruzadas, mas através de gente anônima, ilustres desconhecidos, que ofuscarão o brilho daqueles que se acham indispensáveis na expansão do Reino de Deus, e isso, sem chamar a atenção para si.

Pronto! Falei! Estava entalado...

Viva o novo tempo!


Via Genizah

27 junho 2011

Muita coisa mudou!

Houve tempos em que as igrejas eram compostas por pessoas que conheciam as Escrituras, que com simplicidade e reverência cultuavam a Deus, as pessoas de fora admiravam a honestidade, o comportamento e o agir de um crente ante as adversidades da vida. Sem palavras muitos vieram a Jesus pelo testemunho de verdadeiros crentes.
Nossa liturgia de culto era diferente, simples e cristocêntrica com hinos inspirados na Palavra de Deus, expressando as principais doutrinas da fé cristã. O momento dos dízimos e das ofertas era um ato de amor e fidelidade a Deus. A subida do pregador ao púlpito era ansiada, pois Deus iria falar, a certeza de uma pregação bíblica silenciava o templo e enchia de expectativa o coração dos servos. A exposição da Palavra era o centro do culto. A escola dominical reunia muitos crentes desejosos em aprender sobre Deus.
Hoje muita coisa mudou. Ser evangélico é participar de um grupo como muitos gerados pela sociedade, tais como: hippies, emos e os punks. O povo de Deus descaracterizou-se, não busca mais em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, o mundo e toda a sua glória já os atraí (com exceções, creio que ainda existem muitos que não se dobraram a Baal). O culto santo, transformou-se em entretenimento. O ápice do culto, já não é mais a Palavra de Deus, pregada por alguém preparado teologicamente, mas sim o "louvorzão", que fica ao encargo de bandas com aparelhagens de sons e luzes. Suas músicas confortam o ego humano, são repetitivas e de forte apelo emocional, teologicamente pobres. Os dízimos e as ofertas se transformaram em "atos proféticos!?!?" e em barganha com Deus. Não se clama mais a Deus, agora se decreta (maldita petulância humana).
Estão acabando com a santa identidade da igreja, sob o pretexto de contemporanizar e excluir a religiosidade. O "louvorzão" tem cerca de uma hora, enquanto a pregação da Palavra tem vinte minutos ou menos. O ensino das Sagradas Escrituras é colocado em segundo plano, a Bíblia perdeu o seu real lugar, a hermenêutica e a exegese se transformaram em monstros, portanto proibidas de serem aplicadas e o preparo teológico um perigo no meio, pois pode acabar com o conforto e o domínio gerado pela facilitação de se conduzir um grupo que desconhece os desígnios de Deus.
Que o Senhor nosso Deus possa nos usar para mudar esse triste quadro! A Ele toda honra glória e louvor!

Pb. Francisco de Aquino, membro da Igreja “O Brasil para Cristo” Kemel – Poá e professor do Instituto Bíblico O Brasil para Cristo (I.B.B.C.) em Suzano e Poá.


Via: Sola Scriptura

02 junho 2011

Como orar em Favor da alma (a sua e a de outros)



Eis a maneira como eu oro em favor de minha alma. Faço estas súplicas repetidas vezes - em favor de mim mesmo, minha esposa, meus filhos, nossos presbíteros e pastores e toda a nossa igreja.. Isto é o "feijão e arroz" de minha vida de oração.


  1. A primeira coisa que minha alma necessita é uma inclinação por Deus e sua palavra. Sem isso, nada valioso acontecerá em minha vida. Tenho de querer conhecer a Deus,ler a sua Palavra, aproximar-me dEle. De onde vem esse querer? Vem de Deus. Por isso, Salmos 119.36 nos ensina a orar: "Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça".
  2. Preciso ter os olhos de meu coração abertos, para que, quando a minha inclinação levar-me à palavra, eu veja o que ela realmente diz e não as minhas próprias idéias. Quem abre os olhos do coração? Deus o faz. Por isso, Salmos 119.18 nos ensina a orar: "Desvenda os meu olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei"
  3. Também preciso que meu coração seja iluminado com essas maravilhas. Tenho de ver a glória que há nessas maravilhas e não somente os fatos interessantes. Quem ilumina o coração? deus o ilumina. Por isso, Efésios 1.18 nos ensina a orar que sejam "iluminados os olhos do vosso coração".
  4. Preocupo-me que meu coração não fique dolorosamente fragmentado e partes dele permaneçam na escuridão, enquanto outras partes estão iluminadas. Por isso, anelo que meu coração esteja unido com Deus. De onde procede a integridade do coração e a união com Deus? de Deus. Por isso, Salmos 86.11 nos ensina a orar. "Andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome" ( Bíblia revista Corrigida).
  5. O que eu realmente espero desse envolvimento com a Palavra de Deus e com o Espírito Santo, em resposta às minhas orações, é que meu coração se satisfaça com Deus, e não com o mundo. De onde vem essa satisfação? Ela vem de Deus. Por isso, Salmos 90.14 nos ensina a orar: "Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias".
  6. Não desejo que minha felicidade seja fraca ou débil, e sim forte e durável, em meio às piores adversidades. Quero ser forte na alegria e perseverar durante as épocas de provações. De onde vêm esse vigor e perseverança? Eles vem de Deus. Por isso, Efésios 3.16 nos ensina a orar. "Para que segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior"
  7. Não quero que vigor em Cristo seja frutífero apenas para mim, mas tambéma para os outros. Evidentemente, "mais bem-aventurado é dar que receber" (Atos 20.35). Por isso, quero produzir boas obras e atos de amor para as outras pessoas, de modo que a glória de Deus seja vista em minha vida, e outros provem e vejam que o Senhor é bom, Quem produz essas obras de amor? Deus as produz. Por isso, Colossenses 1.10 nos ensina a orar: " A fim de viverdes de modo digno o Senhor...frutificando toda boa obra".
  8. Finalmente, para que não perca o alvo final, eu oro, dia após dia - como um tipo de bandeira que drapeja sobre todas as minhas orações - "santificado seja o teu nome" (Mateus 6.9). Senhor, faze que teu nome seja conhecido, temido, amado apreciado, admirado, adorado e crido, por causa de minha vida ministério.
Tudo isso eu oro em nome de Jesus Cristo, porque Deus nos dá essas coisas somente com base na morte de Jesus. Ele morreu por mim e removeu a ira de Deus, para que o Pai me desse gratuitamente todas as coisas (Romanos 8.32).

Senhor, ensina-nos a orar, desde o começo até o fim, de uma maneira bíblica e com uma percepção bíblica de como Tu ages no mundo. Mostra-nos a Ti mesmo e como Tu ages, para que oremos como devemos. E ensina-nos a orar como devemos, para que vejamos com Tu ages.

Extraído do livro: Provai e Vede, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL

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