28 julho 2010

Livramento do Senhor

Não temais; estai quietos e vede o
livramento do Senhor.
Êxodo 14.13

Parece-nos, muitas vezes, que Deus coloca seus filhos em profundas dificuldades, conduzindo-os a al¬gum beco sem saída; armando situações que nenhum juízo humano admitiria, caso fosse previamente consul¬tado. A própria nuvem os conduz para mais longe. Tal¬vez isso lhe esteja acontecendo neste exato momento. Parece desconcertante e muito grave; mas está perfeita¬mente correto. O motivo é mais que suficiente para justificar aquEle que o trouxe para esse beco. Trata-se de uma plataforma para que Ele lhe apresente sua graça e poder onipotentes. Deus não somente há de livrá-lo, como também, ao fazê-lo, ensinar-lhe-á uma lição ines¬quecível que, mais tarde, reverter-se-á em muitos sal¬mos e cânticos. Você jamais poderá agradecer a Deus por ter Ele agido exatamente como agiu.
F.B.Meyer

Um classico devocional compilado por D. L. Moody
Extraido do livro Pesamentos Para Hora Tranquila
Editora: CPAD

25 julho 2010

As propriedades, influência e poder do sal

"Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens”, Mt 5.13.

Creio que poucos conhecem o real valor do sal o que acaba por tirar a importância da parábola estabelecida por Jesus, quando Ele compara o crente como tal.

Ao estabelecer esta parábola, o Senhor não só indicou o valor estabelecido por sua presença, por meio da ação da Palavra, explícita no poder do Espírito Santo em cada crente, mas quis ensinar que a Igreja, como Corpo de Cristo é, acima de tudo, dinâmica e ativa, jamais passiva. O sal tem propriedades que o faz um elemento acionador, isto é, põe em ação, em movimento, faz funcionar.

Como elemento estimulador onde o sal é introduzido causa mudança, transformações e não deixa nada a permanecer inerte. O sal impõe mudanças. O próprio Senhor deu mostras dessa ação. Ele revolucionou o mundo e impôs transformações que até hoje norteiam a vida humana.

Historicamente temos exemplos clássicos de ajustamentos sociais, a partir de valores impostos pelo cristianismo. O valor do trabalho, do respectivo salário e reconhecimento, como galardão, é algo que provém da Bíblia, assim como a valorização da mulher, primor pela saúde, inúmeras leis, direitos e deveres, o descanso semanal – o domingo –, Dia do Senhor (daí o nome Domingos, kuriakos, no grego).

Embora a sociedade pós-moderna esteja notadamente corrompida é atribuição de a Igreja é investir-se da autoridade expressa nos valores expressos no sal e salgá-la com o objetivo de livrá-la do apodrecimento.

Importância e valor do sal

Quando o Senhor lançou para a comparação entre o crente e o sal, a importância desse produto, no contexto daquela época, extrapolava muitíssimo a idéia de valores que temos hoje do sal. Era um produto muito mais imprescindível à sobrevivência humana que hoje, e essencial a todos os tipos de vida animal.

Formado por minúsculos cristais, portanto transparente e incolor quando puro, pode apresentar colorações de tons cinza, amarela e vermelha, quando impuro.

Se por um lado o produto se dissolve com facilidade na água, o sal de cozinha é composto por elementos – além de mais de 99% de cloreto de potássio –, responsáveis pela diminuição da umidade, que o torna imprestável, e o empedramento.

Além do uso para salgar alimentos para não permitir que estraguem, difundida no Egito já há cerca de 4.000 anos aC, o sal era usado pelos gregos e romanos como moeda em suas operações de compra e venda. A palavra latina salário deriva-se de sal, pois parte dos vencimentos de legiões romanas era paga com sal. Depois foi incorporada ao soldo.

Ainda hoje um dos principais acessos a Roma, então capital do império chama-se Via Salaria, por onde caravanas transportavam a riqueza para os romanos.

Referência de nobreza

Na Idade Média, o sal era transportado por estradas construídas especialmente para esse fim. Na mesma época, os europeus fizeram fortunas com o sal como tempero.

A até o século 18, a ordem de assento de nobres em uma mesa de banquete era indicada pelo posição de um saleiro de prata maciça colocado na mesa. Os menos ilustres ficavam abaixo do sal, mais distantes do anfitrião.

Produto medicinal e matéria-prima

Mesmo no final do século 19 e começo do século 20 o sal, além de ser usado como condimento e produto medicinal passou a ser uma das matérias-primas essenciais para a indústria química e têxtil.

Produtos a partir do sal

Do total de sal extraído no mundo, somente cerca de 5% é destinado ao consumo humano. A maior parte de Cloreto de sódio é industrializado para produzir cloro gasoso, soda cáustica, sódio, barrilhas, ácido clorídrico, hipoclorito de sódio, carbonato de sódio, vidro, cerâmica, alumínio, plásticos, borracha, hidrogênio, tecidos, cosméticos, sabão, detergentes, tinturas, remédios celulose, indústria da alimentação, pecuária, e centenas de produtos das indústrias químicas, metalúrgicas e de alimentos.

Uso medicinal

Na área medicinal o sal pode ser usado para amenizar dores, estimular a circulação, aumentar a pressão arterial, combater inflamações. O gargarejo de sal com água morna é usado para amenizar inflamação na garganta e gengivas. O sal reduz também inchaços.

Efeitos diretos ao ser humano

O sódio e o cloro no sal são eletrólitos, minerais que conduzem eletricidade em nossos fluidos e tecidos. Os outros eletrólitos principais são o potássio, o cálcio e o magnésio. Nossos rins controlam a quantidade de eletrólitos e água, regulando os fluidos que ingerimos e expelimos de nossos corpos. Se essa quantidade estiver alterada, nossos músculos, nervos e órgãos não irão funcionar corretamente porque as células não conseguem gerar contrações musculares e impulsos nervosos.

O sal é responsável pela troca de água das células com o seu meio externo, ajudando-as a absorver nutrientes e eliminar resíduos; é responsável no processo de contração muscular; e ainda o homem precisa de sal para o crescimento e o equilíbrio de eletrólitos.

O sal também funciona como elemento que requer equilíbrio em sua ingestão. A baixa quantidade de sal é chamada de hiponatremia, um dos distúrbios de eletrólitos mais comuns, e pode causar inchaço cerebral e morte.

Quando há muita quantidade de sódio no corpo, a hipernatremia e os rins não conseguem eliminar o volume de sangue pode aumentar (porque o sódio retém água), o que por sua vez pode fazer o coração bater mais forte. Por causa disso, alguns médicos tratam a síndrome da fadiga crônica por meio do aumento da ingestão de sódio.

O valor do sal é tão concentrado que basta a ingestão diária de uma colher de chá, ou seja, 2,4g de sódio. Alguns estudos indicam quantidade ainda menor.

A presença do sódio preserva o alimento por remover umidade e afastar bactérias. Mas o emprego do sal vai ainda muito além. Além de remédio para eliminar infecções, preservar alimentos, suavizar a dor, pode também ser usado para a limpeza doméstica e desodorização de ambientes. Além disso, o sal é usado para derreter gelo, por meio da diminuição do ponto de congelamento.

Até mesmo no âmbito dos modismos religiosos pós-modernos – sobre os quais pretendemos comentar nesta série – se inclui o sal. É usado pelo xintoísmo para purificar coisas, enquanto budistas o usam para afastar o mal (Parte do Curso O MINISTRO E SEUS RELACIONAMENTOS, Parte 3, revista Manual do Obreiro,/CPAD).

24 julho 2010

Janela 10/40 - Classificação por Perseguição

A Classificação de países por perseguição é uma lista na qual os países são classificados segundo o grau de intolerância para com o cristianismo. Seu objetivo é informar a reação dos países ao evangelho e acompanhar aqueles em que a perseguição está se tornando mais intensa.

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OS 10 PRIMEIROS

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16 julho 2010

Pérola - A Cruz de Cristo

...Em conclusão, a cruz reforça três verdades: acerca de nós mesmos, acerca de Deus e acerca de Jesus Cristo.

Primeira, nosso pecado deve ser extremamente horrível. Nada revela a gravidade do pecado como a cruz. Pois, em última instância, o que enviou Cristo ali não foi nem a ambição de Judas, nem a inveja dos sacerdotes, nem a covardia vacilante de Pilatos, mas a nossa própria ganância, inveja, covardia e outros pecados, e a resolução de Cristo em amor e misericórdia de levar o juízo desses pecados e desfazê-los. É impossível que encaremos a cruz de Cristo com integridade e não sintamos vergonha de nós mesmos. Apatia, egoísmo e complacência vicejam em todos os lugares do mundo, exceto junto à cruz. Aí, essas ervas nocivas secam-se e morrem. São vistas como as coisas horríveis e venenosas que realmente são. Pois se não havia outro modo pelo qual o Deus justo pudesse justamente perdoar a nossa injustiça, a não ser que a levasse sobre si mesmo em Cristo, deve ela, deveras, ser séria. Só quando vemos essa seriedade é que, desnudados de nossa autojustiça e auto-satisfação, estamos prontos para colocar nossa confiança em Jesus Cristo como o Salvador de quem urgentemente necessitamos.

Segunda, a maravilha do amor de Deus deve ir além da compreensão. Deus podia, com justiça, ter-nos abandonado ao nosso próprio destino. Ele podia ter-nos deixado sozinhos para colhermos o fruto de nossos erros e perecermos em nossos pecados. É isso o que merecíamos. Mas ele não nos abandonou. Por causa do seu amor por nós, ele veio procurar-nos em Cristo. Ele nos foi ao encalço até mesmo na desolada angústia da cruz, onde levou o nosso pecado, a nossa culpa, o nosso juízo e a nossa morte. É preciso que o coração seja duro e de pedra para não se comover face a um amor como esse. E mais do que amor. Seu nome correto é "graça", que é o amor aos que não o merecem.

Terceira, a salvação de Cristo deve ser um dom gratuito. Ele a "comprou" para nós com o alto preço de seu próprio sangue. De modo que o que nos resta pagar? Nada! Visto que ele reivindicou que tudo estava "consumado", nada há com que possamos contribuir. Não, é claro, que agora temos a permissão de pecar e podemos sempre contar com o perdão de Deus. Pelo contrário, a mesma cruz de Cristo, que é o fundamento de uma salvação gratuita, é também o incentivo mais poderoso a uma vida santa. Mas essa nova vida vem depois. Primeiro, temos de nos humilhar aos pés da cruz, confessar que pecamos e nada merecemos de suas mãos a não ser o juízo, agradecer-lhe o nos ter amado e morrido por nós, e receber dele um perdão completo e gratuito. Contra essa humilhação própria o nosso orgulho se rebela. Ressentimos a idéia de que não podemos ganhar — nem mesmo contribuir — para a nossa própria salvação. De modo que tropeçamos, como disse Paulo, na pedra de tropeço da cruz.


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Texto retirado do Livro A Cruz de Cristo
Autor : John R. W. Stott
Editora: Vida
As palavras negritadas: David Lima

07 julho 2010

Escola Bíblica – Dificuldades e desafios da maior escola do mundo

O despertador toca para lembrar de um velho compromisso: é manhã de domingo, dia de Escola Bíblica Dominical (EBD). As classes nas igrejas esperam crianças, adolescentes, jovens, senhoras e senhores para mais um dia de ensino da Palavra de Deus.

É preciso aprender sobre o plano de salvação, sobre os heróis da fé, conhecer a verdade para combater seitas e heresias. Chega a hora da aula, mas, onde estão os alunos? E professores, há mestres para o ensino da Palavra?


Criação

Fundada em 1780, pelo jornalista inglês Robert Raikes, a escola bíblica dominical tinha como primeiro objetivo tirar crianças – filhas de operários ingleses – das ruas e oferecer estudo para que elas não ingressassem na criminalidade. Meninos e meninas trabalhavam duramente nas fábricas durante a semana, não estudavam e, aos domingos, perambulavam pelas ruas.

Ao contemplar isso em sua cidade – Gloucester -, Raikes teve a brilhante idéia de juntar essas crianças nas manhãs de domingo e alfabetiza-las, ensinar-lhes linguagem, gramática, matemática e religião.

No início, as aulas eram dadas em praças e nas casas dos professores, mas logo as igrejas abriram suas salas e disponibilizaram professores para os estudos. A Igreja Metodista foi uma das pioneiras na criação das salas de aula. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos e, em 1811, quando Robert Raikes faleceu, havia mais de 400 mil alunos matriculados.

No Brasil, a escola bíblica chegou em 1855, com o casal de missionários escoceses Robert e Sarah Kalley. Eles começaram a dar aulas a crianças e jovens nas ruas de Petrópolis, Rio de Janeiro, e desse trabalho nasceu a Igreja Evangélica Congregacional.

Hoje, há no mundo 60 milhões de alunos matriculados em mais de 500 mil igrejas protestantes, segundo a Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), o que fez com que a escola bíblica se tornasse a maior escola do mundo. Porém, apesar de mais de 150 anos de criação no Brasil, o ensino bíblico ainda capenga, em muitas igrejas.

“A igreja evangélica cresceu, mas o ensino nas igrejas não acompanhou esse crescimento. Nesse sentido, digo que a maioria das igrejas, no que tange ao setor educacional, está atrasada”, disse o advogado e superintendente das EBDs em Mato Grosso, Valmir Nascimento.

Membro da Assembléia de Deus e autor de vários artigos sobre o ensino bíblico – entre eles, “Igreja que ama, educa!”-, Valmir afirma que há, entre os evangélicos, um cristianismo de mente vazia, resultado de igrejas que direcionam suas ações somente para três áreas – o ritual, em que a cerimônia religiosa é um fim em si mesmo; a ação social, em que se preocupa unicamente com assuntos ligados à fome e violência; ou, somente a experiência, em que se faz da experiência metafísica a única razão de ser cristão.

A prova de que a igreja pouco se preocupa com o ensino, segundo Valmir, mostra-se nos enormes investimentos em programações e eventos em contraposição à falta de recursos para o ensino. Valmir lembra ainda que a Igreja precisa desempenhar três funções básicas: evangelização, adoração e ensino, sendo que todas têm igual importância para o reino de Deus.

“A igreja perdeu a visão do ensino bíblico. Hoje o foco é outro. Há muita preleção e pregação, mas não há investimento em estudos, não há valorização da educação cristã. Talvez esteja até recebendo investimento, mas não da forma correta. Faltam material didático, estratégias, levantamentos para saber a melhor forma de ministrar determinado assunto”, afirmou a pedagoga e fisioterapeuta Nelcy Assis do Carmo Pereira.

Com larga experiência em educação cristã – ministrando aulas na Escola Dominical da Primeira Igreja Presbiteriana de Vila Velha e na Faculdade Teológica Unida (FTU) -, Nelcy está preocupada com o ensino nas igrejas. “É por isso que muitos membros de igreja quando chegam às faculdades desviam, pois eles não foram treinados a questionar, e quando são confrontados nos centros acadêmicos, não têm respostas”, disse a pedagoga.

Para ela, a escola bíblica é uma das principais ferramentas para o crescimento e amadurecimento cristãos. “Jesus foi um bom exemplo de mestre. Ele usou diversas estratégias, questionou, usou parábolas, linguagem, simples e foi o maior mestre de todos os tempos”, afirmou.

Missão

Aperfeiçoar o caráter do cristão, edificar o lar e transformar a sociedade. Estes são alguns dos objetivos das escolas bíblicas, espalhadas em todo o mundo.

Com o estudo voltado para histórias bíblicas ou para temas atuais – mas sempre com respaldo bíblico – as EBDs são responsáveis por proclamar o reino de Deus e a Jesus como Senhor e Salvador, incutindo nos alunos valores cristãos.

Porém, mesmo com toda essa responsabilidade, dia de estudo bíblico costuma ser o menos freqüentado nas igrejas. Se o estudo for aplicado nas manhãs ensolaradas de domingo, a freqüência é ainda menor, principalmente entre os jovens.

“Temos salas de aula para todas as faixas etárias e graus de conhecimento do aluno. Porém, o grupo mais difícil de prender a atenção é o grupo dos jovens. Muitos não se interessam, não participam, preferem ficar do lado de fora da igreja, conversando, a ter que participar da aula”, disse a ministra de discipulado da Igreja Batista de Morada de Camburi, em Vitória, Clemildes Nascimento de Oliveira.

Professora de escola bíblica há 14 anos, Clemildes coordena o ministério de discipulado da igreja, que funciona todos os domingos, de 9 às 10 horas. Para atrair os alunos às salas de aula, Clemildes disse que a igreja tem investido maciçamente na escola bíblica, com recursos audiovisuais, dinâmicas e fantoches, além de cursos para professores.

Para Nelcy, a igreja também deve prestar atenção à resposta dos alunos e realizar modificações, se necessário. “Por que muitos não freqüentam as aulas? Será que não precisamos mexer nos horários? Mudar a estratégia? Precisamos estar atentos e mudar sempre que for preciso”, disse a pedagoga.

O despertar das igrejas

Apesar do pouco investimento, se comparado ao crescimento da igreja no Brasil – estima-se que o número de evangélicos brasileiros tenha ultrapassado a casa dos 26 milhões – as igrejas começam a despertar com relação ao ensino bíblico.

“Por muito tempo, a Escola Bíblica Dominical foi desprezada, principalmente por igrejas que se preocupavam apenas com o crescimento e achavam o método falido. Porém, de 20 anos para cá, muitos pastores têm retomado as classes para combater movimentos heréticos que atingiram muitas igrejas”, disse o chefe do setor de educação cristã da CPAD, pastor Marcos Tuler.

Com 27 anos de experiência e às vésperas de lançar seu quinto livro sobre educação cristã – Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã – o pastor defende que, para acontecer um crescimento real nas igrejas é preciso fundamentação bíblica, teológica e pedagógica.

“A EBD é apenas um setor da Educação Cristã. Precisamos avançar muito mais em educação profissional, vocacional, especial, artística, na formação de obreiros, em seminários teológicos para leigos e outras coisas mais”, disse Tuler.

No próximo mês, a CPAD vai realizar a 11ª Conferência de Escola Dominical, no Rio de Janeiro, onde vai apresentar o novo currículo escolar para as EBDs. A expectativa é que de 1,5 mil a 3 mil professores participem.

Atualmente, o principal desafio das igrejas tem sido o de atrair os membros a participarem da escola bíblica. E, para isso, o investimento deve começar cedo, com as crianças, como afirma o pastor da Igreja Batista Restauração, em Jardim América, Cariacica, Luivan Scheidegger.

Luivan – juntamente com a esposa, Dilzanir Pacheco da Rocha Scheidegger – também é diretor da Aliança Pró-Evangelização de Crianças (Apec) no Estado, instituição que, desde 1986, já levou o Evangelho a aproximadamente 500 mil crianças capixabas. Através de ensino bíblico em escolas, evangelismo pessoal nas ruas, creches, lares, igrejas, campanhas evangelísticas, escola bíblica de férias e treinamento de professores, os missionários da Apec têm resgatado crianças para Jesus e ensinado amplamente os valores cristãos.

“Sempre digo aos professores que culto infantil e escola dominical para criança não são para se brincar. Se a criança for incentivada ao estudo da Palavra, quando crescer não vai se desviar do Caminho. Muitas vezes a criança é levada à igreja, e não ao Senhor. Já evangelizei e discipulei muitas crianças que hoje são dirigentes de igrejas”, afirma Luivan.

Através dos cursos ministrados pela Apec, o ministério infantil Geração Vida, da Igreja de Nova Vida, em Goiabeiras, Vitória, implantou a Turma da Bíblia e fez das crianças que fazem parte do ministério “investigadores” da Palavra de Deus.

“Ensinamos o básico: quem é Deus, de onde viemos e para aonde vamos depois da morte, e outras coisas mais. Muitas vezes ensinamos as histórias, mas as crianças têm dúvidas sobre esses pontos básicos”, disse a coordenadora do ministério, Sunamita Braga Tosta.

Cerca de 20 crianças participaram da Turma da Bíblia, que durou dois meses com aulas no domingo à noite, durante os cultos da igreja. Durante oito aulas, as crianças de 4 a 10 anos puderam tirar dúvidas e, ao final, receberam um diploma de investigador.

“Eu não sabia que Jesus foi batizado e a tia me explicou que João Batista batizou Jesus. A tia falou também dos milagres de Jesus. Gostei muito da Turma da Bíblia, agora eu gosto mais da Bíblia e até levo a minha Bíblia para a escola”, enfatizou Beatriz Marçal da Silva, 6 anos, uma das alunas da Turma da Bíblia.

Em âmbito nacional, uma pesquisa sobre a Escola Bíblica brasileira começa a ser projetada pela Sepal. Ainda não há dados para uma perfeita e completa avaliação, porém já é notório que ainda há muito o que se fazer nessa área.

“O ensino bíblico determina a qualidade e o nível espiritual da igreja local. Pelo ensino, homens, mulheres, jovens, adolescentes e crianças adquirem uma fé mais robusta e madura e, se quisermos que os membros da igreja tenham pleno envolvimento acerca do seu papel em meio à sociedade secular, é melhor investirmos em educação”, completou Valmir.

Fonte: Revista Comunhão / E Agora, Como Viveremos?

06 julho 2010

O que está acontecendo com a igreja?

[Foto ilustrativa] Quadro na casa de Caifás em Jerusalém.

A mado [a] leitor [a], leia este texto com atenção. Por graça e bondade do Eterno, este texto foi publicado no excelente site da Sepal, onde alcançou até o presente momento a marca de 430 visualizações. Não fique indiferente. Deixe seus comentários.

Introdução

Muitas pessoas buscam saciar sua fome espiritual na igreja, mas não encontram nela o Pão da Vida. Encontram muito do homem, pouco de Deus. Muito ritual, pouco pão espiritual. Muito da terra, pouco do céu. Estamos substituindo o Pão do céu por outro alimento. Os pregadores pregam para agradar, e não para desafiar. Dão palha em vez de trigo ao povo - Jr 23.28. Estão pregando saúde e prosperidade, e não sobre a cruz de Cristo. Pregam-se os direitos dos homens, não a soberania de Deus. Prega-se sobre libertação e não sobre arrependimento e conversão. Prega-se um outro evangelho e não o evangelho da graça.

Neste sentido o que vemos hoje é uma Igreja Católica querendo ser evangélica. Uma igreja protestante sem protestos. Uma igreja que se diz reformada, carente de uma urgente reforma. Umas igrejas evangélicas, distanciadas do verdadeiro Evangelho. Uma igreja carismática, com muito carisma e pouco caráter. A igreja gloriosa precisa de santos nos púlpitos e nos bancos. Não de santos beatificados e canonizados depois de mortos, mas de santos vivos, audíveis, visíveis, palpáveis, nos seminários, nas ruas, nas faculdades, no trabalho, na família - exalando o aroma de Cristo! Aleluia! Afinal, você deve estar se perguntado: "O que está acontecendo com esta igreja gloriosa que Paulo falou em Efésios 5.27 ?

A graça transformada em libertinagem.

É Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, põe a boca no trombone. Leia o versículo 4. Estão torcendo a mensagem da graça de Deus a fim de arranjarem uma desculpa para sua vida imoral. E o pior disso é que isto está acontecendo dentro de muitas igrejas. Leia o versículo 12. Estes intrusos estão adulterando a graça de Deus. Há uma distância enorme entre a graça de Deus e a libertinagem. Graça é a manifestação maior da misericórdia, da compaixão da paciência de Deus. Graça é o próprio Deus agindo graciosamente para conosco. Enquanto a libertinagem é totalmente oposta a isso.

O culto transformado em show.

Não é apenas a mídia que está usando a palavra show para se referir a alguns cultos. Nós mesmos usamos esse termo em nosso meio. Ora, as palavras show e culto não combinam. O dicionário Aurélio define show como espetáculo de teatro, rádio, TV, com grande montagem - que se destina a diversão - atuação de vários artistas de larga popularidade. Culto: adoração/ homenagem à divindade em qualquer forma (religião). A igreja existe não para oferecer entretenimento, melhora de auto-estima, mas sim para adorar a Deus. Se falharmos nisso, a igreja fracassa. Perceba o paradoxo: Convide os jovens de nossas igrejas a um show de música gospel e depois os convide a um congresso de Missões. Veja a diferença de comparecimento em cada lugar.

O tempo destinado à exposição da Palavra em nossas igrejas, está cada vez menor. Há uma cantoria tremenda! Assim como há pão light, geléia light, comidas light, temos hoje também os cultos lights: leve, ligeiro, alegre e jocoso!

Dízimos transformados em dividendos.

A idéia que o dízimo/oferta abrem as comportas do céu, e deixam derramar tanta prosperidade que você não terá onde guardar está tão generalizada que parece não haver saída para este câncer que se instalou na mente dos evangélicos. Há pessoas que dão tudo o que tem na esperança de melhorarem sua vida, de serem bem-sucedidos em seus negócios. Foi, é esta malfadada teologia da prosperidade que criou esta mentalidade mercantilista do dízimo.

Escutem amados: Precisamos mais da prosperidade da Teologia, do que a teologia da prosperidade! Dão não como a viúva que ofertou 2 leptos, pequenas moedas de cobre quase sem valor - uma oferta altruísta, sacrificial. Mas dão para escaparem da falência, de uma doença terminal, de uma separação conjugal. Esta capacidade maligna de transformar a arte de dar em receber está profanando e tornando antipática a palavra dízimo, de origem santa. Isto é totalmente contra o princípio de Jesus ensinou conforme Atos 20.35. O dízimo transformado em dividendos (parte dos lucros líquidos que cabe ao acionista de uma empresa mercantil) inverte os papéis e supervaloriza a obra, em detrimento da graça. Desse modo, Deus assume o papel de devedor e o homem assume o de credor.

Milagres transformados em marketing.

Não há quem precise e não busque a face de Deus para obter livramento frente as difíceis situações da vida: enfermidades, desemprego, morte etc. Devemos buscar a Deus nesses momentos, isso é correto. Agora o que acontece: nós tentamos enquadrar nossas necessidades na lei do mercado. Se há procura, deve haver oferta. Se há problemas difíceis demais, triste demais, complexo demais, então, devem-se ter milagres também.

Então, monta-se uma banca, ou um estande de milagres. O nome de Deus é usado inescrupulosamente. Os milagres não são feitos ao pé do ouvido (como Jesus) sem alarde, sem tocar trombeta: mas de forma sensacional; quanto mais público for, melhor será. Se a igreja não fazia milagres, agora ela tem que fazer, pois caso o contrário perderá seus fiéis e pára de crescer, como a outra está crescendo. Novamente a uma inversão de valores aqui: quando Jesus, o Messias curava, sempre procurava esconder das multidões os prodígios que ele operava. Ele dizia: não conte a ninguém. Então há aqui, uma inversão bíblica, pois enquanto Jesus disse: "Estes sinais acompanharão os que crêem”. Hoje estamos dizendo: os que crêem seguiram estes sinais.

A força moral transformada em força numérica.

A famosa declaração de Jesus em Mt 5.13 de que somos o "sal da terra" mostra o valor da força moral, e não o da força numérica. Por causa da ênfase demasiada nos números, transformamos a conversão em adesão, que são acontecimentos totalmente diferentes, quando se trata da salvação e da vida eterna. Jesus, o Pão da Vida, nunca se empolgou com as multidões que o seguiam! Na verdade ele discernia os corações, e sabia que muitos estavam ali, não por seu ensino e doutrina, mas sim pelos milagres que ele realizava.

Você nunca verá um pregador em uma tribuna dizer: Amados, preguei num Congresso que tinha 20 pessoas. Não! Nunca! Como se Deus estivesse apenas nos grandes ajuntamentos. Quando as multidões quiseram fazer dele um rei, ele se afastou e foi para o monte ( Jo 6.15).Que contraste de nossos pregadores. Que amam mais a glória dos homens do que a glória de Deus! Que o Eterno tenha misericórdia de nós, pois queremos ser a igreja gloriosa, sem mácula e irrepreensível. Amém!


No amor de Jesus, Pr Marcello de Oliveira

5° CONMADER

03 julho 2010

A difícil arte de se viver em comunidade


A igreja é a família de Deus. E uma das principais características de uma família é o relacionamento entre os irmãos. Talvez seja por isso, que o salmista tenha exclamado: Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos (Sl 133.1).

As Escrituras nos ensinam que os relacionamentos existentes em uma igreja devem ser profundos e abençoadores, e que em Cristo, temos o dever de ministrarmos uns aos outros. O Novo Testamento nos apresenta pelo menos vinte cinco mandamentos recíprocos que devem ser observados por todo aquele que ama ao Senhor.

1. Amem-se uns aos outros (Rm 12.10)
2. Aceitem-se uns aos outros (Rm 15.7)
3. Saúdem-se uns aos outros (2Co 13.12)
4. Cuidai uns dos outros (1Co 12.25)
5. Sujeitem-se uns aos outros (Ef 5.21-22)
6. Suportem-se uns aos outros (Cl 3.13)
7. Não tenham inveja uns dos outros (Gl 5.26)
8. Deixem de julgar uns aos outros (Rm 14.13)
9. Não se queixem uns dos outros (Tg 5.9)
10. Não falem mal uns dos outros (Tg 4.11)
11. Não mordam e devorem uns aos outros (Gl 5.15).
12. Não provoquem uns aos outros (Gl 5.26).
13. Não mintam uns aos outros (Cl 3.9)
14. Confessem os seus pecados uns aos outros (Tg 5.16)
16. Edifiquem-se uns aos outros (1Ts 5.11).
17. Ensinem uns aos outros (Cl 3.16)
18. Encorajem uns aos outros (At 13.15)
19. Aconselhem-se uns aos outros (1Ts 5.12).
20. Cantem uns com os outros (Cl 3.16).
21. Sirvam uns aos outros (1Pe 4.10)
22. Levem as cargas uns dos outros (Gl 6.2).
23. Hospedem uns aos outros (1Pe 4.9).
24. Sejam bondosos uns para com os outros (Ef 4.32).
25. Orem uns pelos outros (Tg 5.16)

Isto posto, rogo ao Senhor que verdadeiramente nos ajude a vivermos a vida com cristã com equilibrio e saúde.

Naquele que vive e reina!

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